Em alguns municípios da região, as altas dívidas herdadas pelas gestões anteriores têm feito com que o andamento dos trabalhos seja prejudicado. Um exemplo é a prefeitura de Tijucas do Sul, que nesta semana divulgou um levantamento da situação financeira do município. De acordo com os números apresentados, o executivo municipal fechou 2016 com uma dívida de R$ 12.940.478,85.
A maior parte deste montante é referente a dívidas a longo prazo, como financiamentos, que somam R$ 9.225.921,22. De restos a pagar, que engloba fornecedores, o valor devido é de R$ 3.185.187,07. Já com precatórios, que são débitos cobrados na justiça, o município soma R$ 529.370,56. “É um valor considerável, que engessa o trabalho da administração”, destacou o prefeito Cesar Matucheski.
Com esta dificuldade, a prefeitura vem enxugando gastos e nestes primeiros cinco meses pagou R$ 2.900.235,26 desta dívida. Entre os valores pagos, estão R$ 881.788,47 referente as obras, R$ 401.000,00 de aquisição de veículos, R$ 437.241,80 do instituto de previdência, R$ 388.763,72 de médicos terceirizados para o hospital, R$ 80.000,00 para o hospital, entre outros. “Temos priorizado honrar as dívidas com os fornecedores, até porque muitas empresas só vendem seus produtos à prefeitura após o pagamento de débitos anteriores”, detalha o prefeito.
Diante deste cenário, a prefeitura vem renegociando dívidas e, consequentemente, imprimindo um ritmo menor de trabalho em determinadas secretarias. “Todas as compras realizadas desde o início do ano estão sendo pagas rigorosamente em dia. Por outro lado, sabemos que a demanda de serviços é extensa e não estamos conseguindo atender como queríamos, como é o caso das estradas. A prefeitura está passando por um processo de recuperação e é necessário que a população entenda esta dificuldade”, concluiu Matucheski.
