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Secretarias de Saúde trabalham na prevenção da mortalidade infantil

Francilene e Rosi destacam os bons números de Tijucas e o trabalho desenvolvido. Foto: Arquivo/O RegionalA mortalidade infantil é um tema que requer dos profissionais de saúde um grande empenho e atenção. Os trabalhos englobam todo o acompanhamento durante o período de gestação e os primeiros meses de vida da criança. Segundo números divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, em 2018, os dez municípios da região contabilizaram 3.993 bebês nascidos vivos. Neste mesmo período, foram confirmadas 44 mortes fetais e 43 óbitos de crianças com menos de 1 ano de idade.

Atendendo em Campo do Tenente, o médico obstetra e ginecologista Rafael Brandalize Brotto ressalta que o ambiente em que a gestante vive é fundamental para que a gestação ocorra de forma tranquila e segura. “São vários os cuidados que a mãe deve tomar, como fazer o pré-natal e ter uma alimentação correta e consistente, evitando excessos de produtos industrializados”, destaca.

Para ele, a condição de saúde da mulher é essencial para a prevenção de casos de mortalidade fetal ou neonatal. “É necessário ter atenção aos hábitos de vida e a gestante precisa sentir-se especial, segura e acolhida. Por isso, o acolhimento dos familiares, em especial do envolvimento do pai e da mãe com o bebê na barriga é importante”, salienta. A gestante também não pode estar sujeita a situações de riscos, sofrimento ou violência.

Além destes fatores, a mulher deve estar atenta a alguns sinais quando a gravidez apresenta problemas. “É difícil a mãe ter a percepção de que há algo errado com a criança. O que deve ser analisado e pode ser tema de preocupação é quando o feto não se mexe na barriga por mais de 24 horas, a mãe apresenta sangramento excessivo e inchaço exagerado em todo o corpo. Esses são os pontos mais comuns”, conta Rafael. Segundo o profissional, a morte fetal está ligada à restrição de crescimento, o que pode ser causado por uma má-formação ou por problemas na mãe. Já após o nascimento, os pais devem estar atentos se a criança está ganhando peso. “Caso algum problema se desenvolva, o não ganho de peso é evidente. Além disso, o acompanhamento dos profissionais de saúde é salutar para o diagnóstico de uma possível doença”, reforça.

Com a menor taxa de mortalidade da região, o município de Tijucas do Sul realiza uma série de ações de acompanhamento. “Temos as consultas e exames do pré-natal, onde seguimos os parâmetros definidos pela linha guia do programa Mãe Paranaense. Também temos os grupos de gestantes, onde abordamos em encontros cada estágio da gravidez”, detalha a secretária municipal de Saúde, Francilene Perpétua dos Santos. Junto a este trabalho, o município disponibiliza uma equipe de apoio, que conta com profissionais como psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. “Buscamos dar todo o suporte às mães nesta parte importante e ímpar de suas vidas”, comenta.

Além deste aporte, o município tem atenção especial para as gestantes consideradas de alto risco, as quais são acompanhadas por profissionais especializados em São José dos Pinhais. “Nestes casos, recebemos todo um detalhamento de como tem que ser feito o acompanhamento, o qual se torna diário. Temos casos de gestantes hipertensas, com doenças crônicas e que precisamos estar bem próximos”, reforça Rosilene Ferreira da Rocha, enfermeira responsável pela saúde da mulher e gestante. Atualmente, Tijucas contabiliza 132 gestantes, sendo que 39 delas são consideradas de alto risco.

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