sexta-feira, 22
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novembro
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2024

Qual é o nível da nossa informação?

Aquele menino com cinco anos de idade que você encontra na rua ou na saída da escola do seu filho não pensa na eleição. Muito provável os adolescentes de 12 ou 13 anos também não. Da mesma forma acontece com muitos jovens e adultos desacreditados com a política. O Brasil vive um momento de total desânimo em relação ao pleito eleitoral, a eleição e o futuro. Tudo isso é, no mínimo, assustador.

Recentemente, o jornalista Geraldo Samor publicou no Brazil Journal que o grande mal da nossa época não é a previdência quebrada, nem nosso sistema tributário feito para criar dificuldades, nem mesmo o orçamento engessado pelos constituintes sonhadores de 1988. Estes são apenas os sintomas.

A grande doença republicana do nosso tempo é o populismo, que começa na política e desemboca na economia, turva os diagnósticos e impede que a classe política adote as medidas duras, racionais e necessárias para sairmos de nosso eterno estado de crise.

Samor destaca ainda que estamos a 30 dias da eleição presidencial e para o congresso e o brasileiro, na sua expressiva maioria, continua mal informado, principalmente sobre a falência do estado. E, infelizmente, no Brasil, poucas pessoas (e de todas classes) têm noção da gravidade do nosso quadro fiscal e as verdadeiras rupturas que são necessárias para reverter uma trajetória que, sendo mantida, nos levará ao calote e à inflação descontrolada.

Podemos afirmar que as ponderações acima são ao mesmo tempo preocupantes e realistas e o brasileiro será de alguma forma responsável por tudo isso. E essa responsabilidade passa por duas questões fundamentais no atual período em que vivemos: a participação na eleição e o interesse em conhecer a verdadeira história dos candidatos e sua capacidade de gestão. Há necessidade de questionar as ondas de populismo e o que elas podem produzir de consequências para uma nação, em especial do tamanho do Brasil e com todas suas deficiências e necessidades. No entanto, só seremos capazes de promover esses questionamentos e reflexões se estivermos dispostos a informação e o conhecimento.

Já somos mais de 20 milhões de desempregados, um dos líderes mundiais em corrupção no poder público e um país em guerra silenciosa com 60 mil assassinatos ano. A pergunta que fica é se vamos contribuir para aumentar essas estatísticas, fazer parte delas ou atuar para mudar essa realidade.

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