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2024

Psicóloga reforça importância do diálogo na prevenção ao suicídio

Depressão e afastamento do convívio familiar são alguns dos principais motivos para as causas de suicídio. Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilUm dado alarmante e assustador, mas que merece atenção da sociedade. A cada 45 minutos no Brasil, uma pessoa comete suicídio e, no mundo, a cada três segundos há uma tentativa e um suicídio a cada 40 segundos.

De acordo com a psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde de Piên, Josélia Danusia Sura, são vários os motivos que levam pessoas a tirarem a própria vida. “Na adolescência, as principais causas são depressão, uso de drogas ou bebidas alcoólicas, problemas afetivos ou familiares, bullyng, violência, traumas emocionais, baixa tolerância a frustração, enquanto que na fase adulta, os motivos apontados também são álcool e drogas, transtorno mental, depressão, estresse, ansiedade, dificuldades financeiras ou profissionais, problemas de relacionamentos afetivos e violência doméstica”, explica.

Segundo a profissional, as pessoas podem apresentar alguns sinais de alerta para o suicídio. “As pessoas com intenções suicidas mantêm alguns pensamentos e ideias obsessivas, reavivando mágoas e experiências negativas, se sentem desesperançosas, não encontram significado na vida e não acreditam que haja outro modo de aliviar a dor que não seja a morte. Também podem apresentar altos níveis de ansiedade, dificuldade de se concentrar, falta de clareza nos pensamentos, alterações de humor extremas, sentimento de fardo para os outros, isolamento, perda de interesse repentino por atividades antes apreciadas, crises de choro constantes, ou ainda, sentimento de muita raiva por pessoas do convívio ou pela sua condição de vida, entre outros”, aponta a psicóloga, detalhando alguns pontos apresentados por jovens que os pais devem estar atentos. “Problema de socialização, isolamento, alteração de comportamentos em casa ou colégio, transtorno alimentar como bulimia ou anorexia, alteração de interesse por hábitos de higiene ou aparência, auto mutilação, como cortes e marcas provocadas no corpo, assim como, interesse repentino por passatempos ligados a violência ou morbidez, ressalta.

Por fim, Josélia reforça a importância da convivência e suporte familiar, do diálogo “tradicional”, ou seja, de pessoa para pessoa, além do virtual, na prevenção ao suicídio. “Uma das coisas mais importantes a se fazer, caso conheça alguém que está exibindo sinais, é conversar, de modo carinhoso e sem julgamentos. A pessoa precisa de ajuda o mais rápido possível e é essencial encaminhá-la para tratamento qualificado. E após o perigo passar, é preciso manter tratamentos e atenção, o risco continua, então continue demonstrando interesse pela melhora, continue dando apoio, toda pessoa se sente bem, quando alguém realmente demonstra importância por seu bem estar”, finaliza.

Setembro Amarelo – Buscando reverter estes números, este mês é dedicado a Campanha Setembro Amarelo, propondo a conscientização sobre a prevenção do suicídio. A iniciativa ocorre desde 2015, por meio de ações e divulgação de informações junto aos órgãos públicos e privados. Na região, municípios como Agudos do Sul, Fazenda Rio Grande, Piên e Quitandinha estão engajados na campanha e promovendo diversas atividades preventivas.

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