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2024

Com amor pela vocação, padre João Maria celebra 25 anos de sacerdócio

Padre João Maria celebra 25 anos de ao ministério sacerdotal. Foto: Arquivo/O Regional
Padre João Maria celebra 25 anos de ao ministério sacerdotal. Foto: Arquivo/O Regional
Mês de fevereiro é especial para a comunidade católica da região, que celebra o jubileu de prata do ministério do padre de Mandirituba

Uma caminhada de dedicação e amor ao chamado de Deus. Esse pode ser um resumo dos 25 anos de ministério sacerdotal do padre João Maria Stech, que celebra a data neste mês de fevereiro.

À frente da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Mandirituba, o sacerdote compartilha com alegria o cumprimento do sacerdócio.

Natural de Antônio Olinto (PR), João Maria Rodrigues Stech nasceu em 7 de maio de 1968, filho de Irineu Stech e Maria da Luz Rodrigues Stech.

Em sua infância, morou na comunidade de Água Amarela de Cima, de onde, ainda muito cedo, sentiu o chamado para a vocação e lá foi alimentando a vontade de se tornar padre.

Sacerdote celebra 25 anos de ministério. Foto: Arquivo/O Regional
Sacerdote celebra 25 anos de ministério. Foto: Arquivo/O Regional

Foi aos quatro anos de idade que o pequeno João Maria sentiu os primeiros sinais para servir a igreja. “Eu tinha como referência os padres que celebravam as missas em minha comunidade, o Monsenhor Henrique Falarz e padre Tadeu Kiska. E aos quatro anos de idade, olhava para os sacerdotes e pensava ‘um dia serei padre’. Minha família era muito religiosa, com meu pai sendo ministro da Eucaristia, e todos os finais de semana íamos à missa e, após as celebrações, brincava de rezar missa. Chamando meus amigos, arrumava uma mesa, com biju de farinha e suco de uva. Fazia todo o ritual da santa missa e, depois, consagrava o biju e o suco e dava ‘comunhão’ aos amiguinhos que rezavam comigo, inclusive fazendo a confissão dos pecados dos colegas. Em cada momento foi fortalecendo o desejo de ser padre”, conta.

Em 1983, teve início da jornada no Seminário São José, onde Stech seguiu com seus estudos do ensino fundamental e médio e, posteriormente, deu prosseguimento aos ensinamentos complementares – filosofia e teologia – na busca pela ordenação. “Foi um período muito difícil, com crises vocacionais e pensamento de desistir, mesmo sabendo que era aquilo que queria. E quem me acompanhou nesta fase, sendo reitor no Seminário e meu diretor espiritual foi o padre Celso Marchiori. Houve um momento em que o procurei e disse que iria embora do Seminário e o padre Celso Marchiori fez uma oração de imposição de mãos que foi impressionante e tudo que vivi no interior, nos meus quatro anos de idade, voltou. Não desanimei. Então, padre Celso, hoje o bispo de nossa Diocese, foi o grande responsável para que continuasse nessa caminhada”, relatou o sacerdote, lembrando o falecimento do pai e da enfermidade enfrentada por sua mãe ao longo da preparação para a ordenação. “Meu pai faleceu em decorrência de uma trombose, aos 52 anos, e minha mãe teve a mesma doença, sendo desacreditada pelos médicos. Foi então que o milagre aconteceu. Fui até o Santíssimo e fiz o pedido ‘Senhor, eu desde pequeno quero ser padre, lutei tanto por este momento, passei por tantas dificuldades e logo serei ordenado padre. Na minha ordenação diaconal, meu pai não pôde entrar comigo, e será que na minha ordenação presbiteral minha mãe poderá entrar comigo na igreja? Que seja feita Sua vontade e não a minha’. E a mãe foi melhorando, saindo da UTI, com sessões de fisioterapia e, em resumo, na minha ordenação ela estava lá”, recordou.

Padre João Maria relembra da primeira missa que celebrou, em sua comunidade de Água Amarela. “Foi emocionante. Nesta missa, quando levantei o corpo de Cristo e o cálice do sangue de Cristo, pensei que não era mais o biju de farinha, nem o suco de uva. Era o Corpo e o Sangue que se faziam presentes. E ao terminar a missa, aqueles colegas que brincavam de confessar, queriam se confessar comigo”, conta.

Padre João Maria enaltece o amor pela vocação. Foto: Divulgação
Padre João Maria enaltece o amor pela vocação. Foto: Divulgação

Outro fato marcante na história do religioso foi a batalha contra o câncer, diagnosticado em 2015. “Descobri que estava com câncer maligno, já avançado, e, então, me agarrei com Deus e o povo da paróquia aqui de Mandirituba, que me acolheu e esteve sempre rezando por mim. Fiz sessões de quimioterapia, radioterapia, cirurgia para retirada de tumor e utilização de bolsa de colostomia. Se passaram seis anos deste processo, ainda tenho sequelas do câncer, mas a minha alegria está em celebrar e tenho uma gratidão enorme por esse povo”, compartilha o padre, enaltecendo a gravação de um CD em louvor à cura alcançada. “Eu carrego um lema especial comigo que é ‘Com Jesus, tudo posso’, nome do meu CD, e depois do câncer eu pensei em fazer algo em gratidão a Deus pela vitória. Pensei em colocar a minha voz para ir em outros lugares, evangelizando e louvando ao Senhor pela cura”, detalha.

Ao olhar para sua caminhada, padre João Maria enaltece o cumprimento de sua missão com o sentimento de felicidade em estar com as pessoas, celebrando a Eucaristia e levando o amor de Deus aos que necessitem. “Neste ano, teremos muitas celebrações para marcar este momento jubilar em minha vida. Teremos a presença de Dom Celso, do padre Aleixo, que foi meu reitor, uma viagem peregrina à Terra Santa. Aquilo que está em mim é a alegria do ministério sacerdotal. 25 anos se passaram, com muitos fatos difíceis, muitos momentos alegres. Se mil vezes eu nascesse, mil vezes eu seria padre. Como sou feliz em ser padre”, finaliza.



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