domingo, 22
 de 
dezembro
 de 
2024

Não há saída fácil!

O Brasil vive um momento delicado e, pior que isso, incerto. A aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela câmara dos deputados praticamente define o afastamento dela e a futura posse do vice-presidente Michel Temer. Ainda falta a votação no Senado, mas lá a derrota de Dilma parece ser ainda mais fácil. Enfim, sai Dilma, entra Temer. E o que muda no Brasil e para os brasileiros?
Para ser conduzido ao cargo de presidente, Michel Temer vem contando com o apoio de partidos e políticos que até pouco tempo, muito pouco por sinal, estavam ao lado da presidente Dilma. Portanto, não devemos esperar nada de muito diferente na nova composição do governo federal. A crise precisa de resposta rápida e o que Temer tem a oferecer ao país neste sentido é uma grande incógnita.
O PMDB, partido do vice-presidente, que não disputa uma eleição presidencial desde 1994, vai finalmente comandar o país. Não conseguiu isso através do voto popular, mas contou com a desastrosa gestão do Partido dos Trabalhadores nos últimos anos. PMDB e PT figuram com políticos que estão no mais alto grau de desvios e corrupção no país.
No domingo, dia da votação do impeachment, a direção do processo estava nas mãos de Eduardo Cunha, presidente da câmara, investigado por corrupção, desvios, recebimento de propinas, contas no exterior não declaradas, entre outros maus feitos. Se isso não bastasse, assistimos um festival de besteirol a cada parlamentar que chegava ao microfone. “Pra minha mãe, esposa, filho, filha, tio…”, ou seja, essa é representação de nós brasileiros. São eles que votam e decidem os caminhos do país.
Não há saída fácil. É necessário que o Brasil saia da inércia em que se encontra e quanto mais encalhados ficamos, mais sofremos e perdemos. No último mês, a cada nova hora 200 brasileiros perdiam o emprego, empresas estão fechando as portas e serviços públicos sendo cortados ou suspensos. Nem a frase do Tiririca – Pior que tá não fica – serve mais.
O brasileiro, trabalhador, ordeiro e que não desiste, quer mais seriedade do meio político. Estamos indo às ruas. Daqui a pouco será necessário mais que isso.

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