sábado, 20
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abril
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2024

Governo federal destina R$ 1,6 bilhão para auxiliar santas casas e hospitais

Área interna do hospital de Piên teve várias modificações devido aos cuidados à Covid-19. Foto: Arquivo/O RegionalCom um aumento exorbitante nos valores dos materiais de consumo e a suspensão de uma série de procedimentos eletivos, muitos hospitais vêm apresentando sérias dificuldades para ampliar a segurança dos profissionais e manter as atividades durante a pandemia da Covid-19. Para amenizar este impacto, o governo federal vem destinando recursos extras para as santas casas e hospitais filantrópicos.

Nesta semana, foi confirmado o repasse de um auxílio no valor de R$ 1,6 bilhão. Na região, três entidades foram beneficiadas nesta etapa, totalizando recursos na ordem de R$ 768.808,39. Para a Fundação Harry Guido Greipel, de Piên, o valor destinado é de R$ 374.377,06, enquanto que para o Hospital Bom Jesus, de Rio Negro, o montante será de R$ 206.814,33, e para o Hospital Cristo Rei, de Quitandinha, o repasse está calculado em R$ 187.617,00.

O valor do recurso foi estabelecido seguindo uma série de regras, como os dados epidemiológicos do Ministério da Saúde que trata sobre a incidência de casos por região, o número de leitos do Sistema Único de Saúde e os valores da produção dos serviços ambulatoriais e hospitalares de média e alta complexidade. O montante poderá ser utilizado em diversas frentes, desde a compra de medicamentos, reformas e outras despesas, seguindo um plano de ação que deve ser apresentado pelo hospital.

De acordo com a gestora do hospital de Piên, Alcionete Muller, este recurso é fundamental tendo em vista o cenário atual. “Os valores dos produtos tiveram aumentos demasiados, como a caixa de máscaras, que antes custava R$ 28,00 e agora houve casos que passaram para mais de R$ 200,00”, relata Alcionete, pontuando outras dificuldades. “Tivemos que reforçar a compra de equipamentos de proteção e higienização, repor servidores afastados por serem do grupo de risco e promover mudanças internas, sendo toda esta despesa suprida sem ter aumento na contrapartida financeira. Por isso, esse recurso vem aliviar parte das finanças neste momento de turbulência”, enfatiza.

Hospital de Rio Negro também teve alterações internas devido à pandemia. Foto: Divulgação

Para o administrador do hospital de Rio Negro, Marlon Sergio Witt, além do aumento no custo dos materiais, a suspensão de cirurgias eletivas e outros procedimentos fez com que o faturamento dos hospitais caísse drasticamente. “Antes realizávamos em média 110 cirurgias ao mês e agora este número caiu para 60, sendo atendidas apenas urgências e emergências. Outra questão é que os casos onde era sugerido internamento para tratamento, agora o médico faz a opção por deixar o paciente em casa devido ao risco de contaminação”, detalha Witt, salientando que toda a equipe do hospital está sendo mantida. “Estamos adotando medidas de contenção de despesas, no entanto, temos um custo fixo com a equipe. São profissionais que precisamos dispor para não comprometer o atendimento”, salienta.

Além destes pontos levantados pelos administradores, os hospitais tiveram que investir na compra ou locação de equipamentos como respiradores, entre outras melhorias que tiveram que ser feitas na parte estrutural. Em todas essas unidades, foram ainda disponibilizados leitos exclusivos para pacientes suspeitos de Covid-19.

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