quinta-feira, 21
 de 
novembro
 de 
2024

Final de ano sem pedágio

Por: Gilson Santos

Presidente da Comec

 

O final de ano se aproxima e com ele uma grande novidade. Após 24 anos, os paranaenses poderão realizar suas viagens de férias e festas de final de ano, livres de pedágios.
A novidade é consequência do fim dos contratos com as concessionárias e corajosa decisão do Governador Carlos Massa Ratinho Junior em não renovar temporariamente tais contratos e assumir as rodovias até que os novos processos licitatórios sejam finalizados.
Corajosa, pois assumir a manutenção das rodovias envolve uma série de serviços como guinchos, ambulâncias, pavimentação, iluminação, entre outros, durante um período mínimo de 1 ano. Um investimento que deverá custar quase R$ 300 milhões se somados os custos Estaduais e Federais.
Mas, sem sombra de dúvidas, uma medida necessária. Em primeiro lugar pelo valor do pedágio. Quem teve a oportunidade de viajar pelas estradas de Santa Catarina, por exemplo, sabe da gritante diferença paga pelos usuários nas tarifas de pedágios. O trecho entre Curitiba e Florianópolis, possui 300 quilômetros de extensão com 4 pedágios, cada um no valor de R$ 4,10, totalizando um custo de R$ 16,40. Já o trecho entre Curitiba e Caiobá, possui 112 quilômetros com apenas 1 pedágio no valor de R$ 23,30. Com certeza algo não está certo.
Com o fim dos contratos, a estimativa é de que o valor do pedágio seja reduzido pela metade, porém, os benefícios para a população vão muito além disso. Serão investidos cerca de R$ 80 bilhões entre custos operacionais, manutenção e novos investimentos. Somente entre os recursos previstos para novos investimentos, o valor equivale a 120 anos do orçamento federal investido nas rodovias do Paraná. Dos cerca de 3,3 mil quilômetros de rodovias que farão parte do pacote, 1.783 serão duplicados. 10 contornos urbanos estão previstos, além de diversas terceiras faixas, faixas adicionais, câmeras de monitoramento, iluminação e a instalação de rede de internet wi-fi em todos os trechos de concessão. E o melhor, cerca de 90% destas obras deverão ocorrer nos primeiros 7 anos do contrato, que terá o total de 30 anos. Todo este projeto é visto como o maior tema em discussão pelo Estado do Paraná nos últimos 20 anos e o maior pacote de investimentos da América Latina, tornando o Paraná um hub logístico do Cone Sul.
Os impactos destes investimentos também vão muito além da redução de custos e trarão melhorias na infraestrutura logística, tornando nosso Estado muito mais atrativo e dessa forma atraindo empresas e principalmente a redução de acidentes e assim salvando vidas.

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