Na próxima segunda, sociedade celebrará o Dia Internacional da Síndrome de Down, que busca promover a conscientização da sociedade para o assunto
A próxima segunda-feira será marcada pela comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Down, data que busca promover a conscientização da sociedade para celebrar a vida das pessoas com esta condição e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. A data é oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas desde 2012 e foi escolhida por representar a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.
Considerada uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem, a Síndrome de Down (SD) não é uma doença, mas uma condição genética inerente à pessoa, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança, e estima-se que no Brasil ocorra 1 em cada 700 nascimentos, o que totaliza em torno de 270 mil pessoas com Síndrome de Down. Dados obtidos pela reportagem junto às Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) de toda a região apontam que nestas instituições são atendidas 175 pessoas portadoras da SD.
A Apae de Agudos do Sul atende 11 pessoas com a síndrome e, de acordo com a diretora da instituição, Veridiana Pruchaki, o atendimento na escola para estes alunos é feita conforme suas especificidades. “Os alunos com Síndrome de Down são atendidos dentro da nossa APAE na parte pedagógica, de acordo com as disciplinas escolares, na parte social através da nossa assistente social, e na parte da saúde no centro de atendimento pelos técnicos de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicóloga e por um neurologista que faz acompanhamento”, comenta.
Segundo Veridiana, uma série de atividades podem auxiliar no desenvolvimento de uma pessoa com SD. “Acompanhamento com as especialidades médicas e com técnicos de diferentes especialidades como fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, também terapias complementares, como equoterapia ou hidroterapia, cooperam, e muito, para o desenvolvimento deste indivíduo. Além de sempre manter essa pessoa em constante contato com a sociedade, interações, estimulações simples do dia a dia. Acredito que o principal fator é manter esse indivíduo ativo socialmente, na escola, na igreja, em casa, ou seja, em todos os ambientes que o mesmo frequenta”, comenta a diretora, reiterando os cuidados com a saúde desta população. “A Síndrome de Down não tem tratamento para uma cura, no entanto, o que deve ser considerado após o diagnóstico, que pode ser já feito durante a gestação, é a estimulação e o acompanhamento com técnicos de saúde de diferentes especialidades que irão averiguar quais as possibilidades de intervenções para o melhor desenvolvimento da criança. Lembrar de quanto antes for feito o diagnóstico, menos impacto as comorbidades da Síndrome terão na vida deste indivíduo”, complementa.
A diretora Meri Souza e a pedagoga da Apae de Piên, Claudia Stall Vieira, contam que no local são atendidos sete alunos com esta condição e reiteram que é fundamental o acolhimento destas pessoas junto às sociedade. “Precisamos compreender que todos somos iguais, além de promover e orientar para a aceitação do portador de SD desde a infância até a vida adulta, incentivando a realização de atividades diárias e estimulando sua autonomia”, apontam.
Ainda conforme as profissionais, o Dia Internacional da Síndrome de Down tem papel fundamental para conscientização das pessoas. “A data é para defender e celebrar o direitos da pessoa com a Down, estimular a inclusão e mostrar para a sociedade que as pessoas com síndrome podem ter uma vida normal e que merecem ser tratadas com igualdade e equidade. Que nesta data, possamos apoiar a causa e conhecer um pouco do trabalho desenvolvido junto aos nossos alunos, buscando a consciência que todos merecem ser acolhidos como seres humanos, com respeito, amor, dedicação e empatia”, concluem.