Dia Mundial do Combate a Diabetes, celebrado no último domingo, alerta população sobre os cuidados com a doença
Considerada uma doença silenciosa e que pode causar danos irreversíveis à saúde humana, a diabetes, além de anualmente acumular milhares de casos, também é responsável pela mortalidade de muitas pessoas. No último domingo, foi lembrado o Dia Mundial do Combate a Diabetes, data que visa alertar a sociedade para os riscos e cuidados com a comorbidade.
Uma estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes aponta que o Brasil possui, pelo menos, 12,5 milhões de pessoas com esta condição. Conforme um levantamento feito pela reportagem junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (Sim), do Ministério da Saúde, aponta que entre 2010 e 2019, 710 pessoas morreram nas dez cidades da região em decorrência da diabete mellitus, uma média de 71 mortes por ano.
A médica Solange Saguier Hildebrand, que atua em Agudos do Sul, explica que a diabetes mellitus é causada pelo excesso de açúcar no sangue e que existem variadas classificações da doença, sendo a mais conhecida e mais comum na faixa etária adulta a do tipo 2. “Ela acontece pela falta ou por ação inadequada de um hormônio denominado Insulina, o qual é produzido no pâncreas e é responsável por levar o açúcar do sangue para dentro das células do corpo. A maior parte dos pacientes em estágios iniciais da diabetes mellitus tipo 2 não terá sintomas ou irá apresentar sintomas muito vagos. Ao passar do tempo, o excesso de açúcar no sangue levará a alterações no corpo. Como sintomas podem se citar o aumento da frequência urinária, da sede, da fome e ainda perda de peso inexplicada”, detalha.
Segundo a profissional, o diagnóstico da doença é feito por meio de exames que medem o nível de açúcar no sangue, como a glicemia de jejum e a chamada hemoglobina glicada. “Exames estes que sempre precisam ser repetidos e confirmados antes do diagnóstico. Ainda, pessoas que tenham muitos sintomas, podem ter o diagnóstico com somente um exame de sangue alterado. Se houver diagnóstico, o tratamento é feito com medicações via oral, que variam de acordo com cada paciente e suas necessidades. Paciente com um grau mais avançado de diabetes ou que não consigam controlar o açúcar no sangue com somente medicações orais, necessitam realizar o uso de insulina injetável de uso diário. Um pilar fundamental no tratamento é a correção dos hábitos alimentares, evitando o consumo de açúcar, pão branco, massas e alimentos ricos em carboidratos”, comenta.
A profissional alerta para os fatores de risco para o desenvolvimento da condição e reforça hábitos saudáveis, com a adoção de uma alimentação saudável e balanceada e prática de atividade física para a prevenção. “Os fatores de risco mais conhecidos para uma pessoa ter diabetes mellitus tipo 2 são a história familiar, o sobrepeso e obesidade, não praticar atividades físicas, ter pressão alta e colesterol alto no sangue”, ressalta Solange, que enaltece ainda que, por ser uma doença silenciosa, a diabetes merece atenção e tratamento adequado. “A falta de tratamento pode levar a graves consequências no futuro do paciente, podendo afetar inclusive seus rins, olhos, coração, nervos, pele, entre outras partes. Por esse motivo é essencial manter um cuidado regular, mantendo sempre seus exames em dia. Em caso de dúvida, sempre procure seu médico”, finaliza.