Comemoramos há poucos dias o “Dia Internacional da Biodiversidade”. Este dia deve nos trazer reflexão sobre o que temos feito com a nossa casa, a Terra. Enquanto estivermos tratando o planeta como se os seus recursos naturais fossem infinitos estaremos no caminho que nos afasta da qualidade de vida. Sim, se pensar na sobrevivência de nossa espécie nos torne melhores habitantes e vizinhos dos demais animais e vegetais, façamos do antropocentrismo uma rotina.
Qualidade esta que só é possível se tivermos equilíbrio no uso das florestas e águas por exemplo. Vemos nos últimos anos um verdadeiro “desmonte” dos órgãos de controle ambiental (licenciamento, fiscalização e monitoramento). A falta de recursos humanos e tecnológicos faz com que percamos cada vez mais a nossa biodiversidade e isso já afeta diretamente a nossa vida.
As florestas são grandes produtores de água e os avanços do garimpo ilegal e desmatamentos clandestinos na Amazônia, por exemplo, aumentam a cada ano. Importantes áreas da Mata Atlântica e de outros importantes biomas vem sido atacadas impiedosamente pela ganância humana. Isso tudo ocorre em partes porque os governos deixaram de investir em sua estrutura de meio ambiente. Ao mesmo tempo que esta estrutura deixa a desejar no cumprimento de seus deveres de proteção e conservação, também deixa de analisar com segurança e agilidade diversos processos que visam a instalação de empresas que geram emprego e renda.
Temos somente uma opção: colocar na mesma mesa de conversa os setores produtivos e os órgãos ambientais para um grande pacto civilizatório. Este é o único caminho para que tenhamos o que comemorar nos próximos anos. Desta conversa trataremos das teses e antíteses de cada parte. Cada uma tem a sua razão e ao mesmo tempo com avanços e recuos podem pactuar ações concretas que tragam um beneficio a todos e todas que vivem tanto nas cidades quanto no campo.