Visando diversificar a produção agrícola e apresentar novas alternativas de renda aos agricultores, a Emater, em parceria com o Senar, Sindicato Rural e a prefeitura de Campo do Tenente, promoveu um curso sobre o cultivo de morango. A capacitação envolveu 15 produtores e contou com aulas técnicas e teóricas.
Durante o treinamento, foi apresentado o morango semi-hidropônico, que é produzido em estufas e não é ligado diretamente ao solo. “Esta alternativa, já utilizada na região, faz com que o uso de defensivos agrícolas seja diminuído em cerca de 90%, sendo que em alguns casos não existe a necessidade de utilização de agrotóxicos”, ressalta o técnico da Emater, Luis Gustavo Lorga, citando outros pontos positivos deste método. “Caso fosse cultivada no solo, a lavoura iria produzir cerca de 2 anos, sendo necessária uma pausa de 4 anos no terreno para que haja o intervalo necessário de rotação. Neste novo sistema, temos registros de até 4 anos de produção ininterrupta, além de que o produtor não precisará trabalhar agachado e a planta estará isenta de uma série de doenças de solo”, conta.
Segundo cálculos apresentados pelo Senar, o custo médio para iniciar a produção é de R$ 45 mil, contemplando a construção de uma estufa de 7 X 51 metros. “Neste valor, estão inclusos cerca de 3.500 mudas e todo o necessário para iniciar o cultivo”, salienta Luiz Gustavo, estimando que o valor investido é obtido em aproximadamente 1,5 ano. “A planta inicia a produção dentro de 3 meses e a venda do quilo está em média a R$ 8,00”, detalha.
Para o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Edvaldo Dias dos Santos, a produção de morango tem se apresentado rentável na região. “Ao contrário de outros municípios, em Campo do Tenente poucos agricultores se dedicam a esta cultura. Portanto, além de apresentar novas técnicas desde a escolha de mudas ao manejo como um todo, este curso visa apresentar aos produtores uma nova alternativa de renda, que seja viável e segura”, comenta Edvaldo, citando os próximos passos do projeto. “Queremos formar um grupo de produtores que produzam morango, possibilitando que a produção seja comercializada no mercado comum e também com a prefeitura, através do fornecimento dos produtos da agricultura familiar para as escolas municipais”, concluiu.