sexta-feira, 26
 de 
abril
 de 
2024

Com medidas restritivas, turismo da Lapa busca se reiventar na crise

Casa Vermelha vinha tendo grande movimentação antes de paralisar as atividades. Foto: DivulgaçãoCom um rico acervo histórico e cultural, a cidade da Lapa recebia milhares de turistas ao longo de todo o ano. Este cenário, no entanto, foi totalmente modificado nos últimos meses em decorrência da Covid-19, que deixou hotéis e espaços públicos vazios, fazendo com que todo o segmento do turismo fosse drasticamente afetado.

De acordo com o coordenador geral de Comunicação e Eventos, Marcio Assad, o volume de turistas praticamente zerou na cidade. “Recebemos, com rara frequência, grupos de motociclistas. Até mesmo o cicloturismo, que estava em alta, foi interrompido”, conta Assad, que também é empresário do ramo hoteleiro. “Vivemos um cenário desolador, com uma crise sem precedentes, considerada a mais grave perante a tantas outras já enfrentadas”, lamenta.

Apesar da situação momentânea, Assad mantém esperança na retomada do turismo pós-pandemia. “Especialistas apontam que as pessoas vão continuar viajando e, com o represamento que estão sofrendo, irão procurar posteriormente locais em um raio de até 100 quilômetros de onde residem”, relata Assad, destacando a necessidade de se implantar novos mecanismos. “É fundamental que o turismo se reinvente para atrair os turistas. Criar opções de lazer para toda família, como tours de bicicleta e aulas de gastronomia, são pontos, entre vários outros, a serem explorados, além da necessidade de fortalecer as estratégias de marketing”, avalia.

Um dos locais atingidos pelos efeitos da pandemia é o Centro de Artesanato Aluísio Magalhães, conhecido como a Casa Vermelha. “Antes chegávamos a receber cerca de 2 mil pessoas por mês, com excursões e visitas dos alunos. Agora, estamos há mais de dois meses de portas fechadas”, lamenta a coordenadora do espaço, Juelita Baiotto.

A paralisação das atividades afetou diretamente mais de 280 artesãos e produtores credenciados a Casa Vermelha. “A venda mensal gerava uma receita média de R$ 17 mil. Além de produtos artesanais, contávamos com vários itens alimentícios, como geleias”, conta Juelita, que espera uma mudança no panorama atual. “Vivemos a expectativa de dias melhores, somos uma parte de muitos segmentos afetados”, conclui.

Aplicativo Coisas da Lapa – Para auxiliar os produtores, artesãos e cooperativas, a prefeitura está trabalhando na elaboração de um aplicativo para vendas de itens produzidos na Lapa. Esta iniciativa visa fortalecer os produtos lapeanos, os quais terão um selo de identificação e serão devidamente vistoriados. Neste primeiro momento, os produtos e produtores estão sendo catalogados, não havendo um prazo para o início das vendas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone/WhatsApp (41) 99986 1011, com Marcio Assad.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email