Casal “sobrevive” da coleta de lixo reciclável em Quitandinha

Jorge Rodrigues da Cruz , 65 anos, e Ana Maria Fernandes, 58 anos, são personagens conhecidos no município de Quitandinha. Quase que diariamente eles podem ser vistos pelo centro da cidade com seu carrinho de coleta de lixo. Isso mesmo, eles vão e vêm pelas ruas catando papel, papelão, plásticos, vasilhames e latinhas. O trabalho já é realizado por oito anos e, embora represente uma importante questão social, não resulta em uma renda que possa proporcionar uma vida digna ao casal.
Segundo Jorge Cruz, a coleta de material soma uma média mensal de quinhentos quilos, mas com o preço do papel e papelão em 12 centavos, de plástico em 30 centavos e lata em 2,5 reais por quilo, a renda total fica em torno de 200 reais mensais. “Sobrevivemos com isso, é pouco, mas é o que conseguimos”, conta. A companheira Ana Maria diz que a renda não é boa, mas gosta do trabalho. “Ajudamos na limpeza da cidade, conhecemos as pessoas, isso nos alegra”, destacou.
Além do preço baixo dos recicláveis, outros empecilhos são a dificuldade de locomoção do carrinho, os dias de chuva ou de muito sol e a separação do material. O casal prefere trabalhar de forma separada, sem atuar junto à associação de catadores existente no município.
Reciclar – Os materiais para separação: embalagens de produtos de limpeza, tubos e canos, potes de xampu, baldes e bacias; brinquedos, sacos, sacolas e saquinhos de leite limpos, latinhas de cerveja e refrigerante, enlatados, objetos de cobre, alumínio, lata, chumbo, bronze, ferro e zinco, jornais, listas telefônicas, folhetos comerciais, folhas de caderno, revistas, folhas de rascunho, papel de embrulho, caixas de papelão, além de garrafas, vidros de conserva, lâmpadas incandescentes e cacos de vidro (esses últimos devem ser embalados de uma forma que não ofereçam riscos aos catadores).