Em um momento de grande incerteza e de recessão econômica mundial, o setor da agricultura, mais uma vez, aparece como um alento para a economia. Neste sentido, destaca-se a atual safra da soja, que está em avançado período de colheita, apresentando boa produtividade e uma expressiva alta no valor da saca.
Na região, as cooperativas têm feito o recebimento da produção seguindo uma série de normas de prevenção em virtude da pandemia do novo coronavírus. Além de ampliar o cuidado quanto a higienização e a aglomeração de pessoas, está sendo limitado o número de colaboradores e orientado a utilização de máscaras.
De acordo com o gerente da unidade da Cooperativa Bom Jesus de Quitandinha, Marcio Deda, a colheita teve início em fevereiro e se estenderá até o mês de maio. “O pico deste processo já ocorreu e agora há uma diminuição gradativa”, relata. Nesta safra, a produtividade tem sido positiva, apesar do período seco ocasionar perdas. “As primeiras lavouras colhidas registraram em média 180 sacas por alqueire, enquanto que as lavouras que foram plantadas mais tarde sofreram com a seca e a produção caiu para cerca de 130 sacas por alqueire”, estima Deda.
Para o superintendente da Cooperante de Campo do Tenente, Gilson Hollerweger Fernandes, além de uma boa produtividade, outro ponto positivo da cultura da soja está no valor de comercialização. “Neste mesmo período do ano passado, a saca de 60 quilos estava sendo vendida a menos de R$ 75,00. Agora, com o aumento expressivo do dólar, o valor de venda ultrapassa R$ 90,00”, detalha Fernandes, alertando também para o aumento dos custos na próxima safra. “Certamente, todos os insumos e a semente terão um acréscimo considerado no mercado e o agricultor deve se precaver quanto a isso”, alerta.
Diante deste cenário, a cultura da soja se consolida como uma das principais alternativas de renda na agricultura e com grande potencial de crescimento, aliado a implantação de novas tecnologias.