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2024

Com boas perspectivas, agricultores dão início à colheita da safra do milho

Agricultores iniciaram recentemente a colheita de uma nova safra e devem estender esse processo até o mês de maio. Foto: Arquivo/O RegionalAnimados com a produtividade e com a melhora do preço, os produtores iniciaram nas últimas semanas a colheita do milho. Na região, esta cultura é tradicional e tem uma grande representatividade, no entanto, o alto custo de produção tem feito com que outras alternativas tenham ganhado espaço e preferência.

Segundo números do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), nos dez municípios da região, o milho resultou em uma renda de R$ 89.127.673,50 em 2017, saltando para R$ 95.034.665,65 em 2018. O município de Contenda foi o que teve o melhor desempenho, seguido de Agudos do Sul e Tijucas do Sul. Confira os números na tabela ao lado.

Um dos agricultores que já iniciaram a colheita desta safra é Marco Henrique Belniacki, da localidade de São Gabriel, em Quitandinha. “No ano passado, colhi em média 400 sacas por alqueire, enquanto que neste ano espero obter até 450. Esta melhora se dá em virtude das condições climáticas favoráveis que contribuíram para o bom desenvolvimento da lavoura”, conta Belniack, que realizou o plantio de 40 alqueires de milho. “O preço de venda deste ano tem sido mais animador e acaba suprindo parte dos gastos que aumentam consideravelmente. Mesmo assim, a opção por esta cultura se dá mais pela rotação que o solo necessita para se manter saudável”, salienta.

Produtividade do milho tem agradado os agricultores. Foto: Arquivo/O Regional

De acordo com a engenheira agrônoma da Emater de Contenda, Karla Regina Piekarski, a cultura do milho tem o período de plantio entre setembro e dezembro, enquanto a colheita começa em fevereiro e se estende até maio. “É uma alternativa que exige um acompanhamento frequente, mas considerada de pouco manejo”, avalia Karla. Boa parte da produção é utilizada pelos próprios produtores na alimentação dos animais. “O restante é comercializado em grãos para fabricação de ração animal”, relata Karla.

Nesta safra, a saca de 60 quilos está sendo comercializada a R$ 40,00, enquanto que no mesmo período do ano passado o valor médio era de R$ 30,00. “Isso acontece porque muitos produtores diminuíram a área de plantio e optaram por outras culturas como o feijão e a soja. Somente em Contenda, esta safra teve uma diminuição de cerca de 30%, com isso, quanto menos produto no mercado, melhor será a valorização”, explica Karla, pontuando outras dificuldades enfrentadas pelos agricultores. “O custo de produção do milho é maior, principalmente devido ao valor da semente e do aluguel de terrenos. Em muitos casos, os produtores se dedicam a esta cultura mais para a rotação do solo, do que mesmo pensando em rentabilidade”, finaliza.

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