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Politicando 11/10/2018

Requião e Beto

Para muitos, o grande fato da eleição no Paraná foi a derrota imposta nas urnas aos ex-governadores Roberto Requião (MDB) e Beto Richa (PSDB). Tidos como amplos favoritos no início da campanha, os dois perderam para Oriovisto Guimarães (Podemos) e Flávio Arns (Rede). E, diga-se de passagem, muita gente comemorou a derrota de Requião e Beto.

Queda livre

O MDB e o PSDB, inclusive, são considerados os grandes perdedores do processo eleitoral. Boa parte dos seus principais nomes não foram eleitos ou reeleitos e os dois partidos perderam espaço no cenário nacional. No Paraná não foi diferente, principalmente em se tratando dos tucanos, que além de não eleger Beto Richa, também não elegeu Valdir Rossoni e Luiz Claudio Hauly, nomes fortes da sigla.

Operações

Alguns políticos que não conseguiram se eleger e estão envolvidos nas operações do Ministério Publico Estadual, Ministério Público Federal, Gaeco e Lava Jato, certamente já redobraram a preocupação. Muitos daqueles que estão presos por conta das diversas operações em curso começam a falar em delação premiada, o que gera grande expectativa do que ainda poderá ser divulgado daqui pra frente. São muitos os comentários de que novas prisões devem acontecer no futuro breve.

Onda Bolsonaro

A campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) teve reflexo expressivo no resultado das eleições proporcionais, para deputados estaduais e federais, em todo o Brasil. O grande exemplo é o Paraná, onde quase todos aqueles que incorporaram apoio e defenderam a candidatura de Bolsonaro tiveram sucesso. Para a Assembleia Legislativa, por exemplo, o PSL fez 8 deputados, todos novos no legislativo. E, por conta dessa onda, muitos partidos perderam cadeiras na Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Nelson Justus I

Outro assunto que tomou parte do noticiário estadual foi o áudio distribuído pelo prefeito de Guaratuba, Roberto Justus (PDS), num grupo de WhatsApp informando os servidores em cargos comissionados da prefeitura da exoneração geral. Ele disse que demitiria todos por conta da baixa votação do pai, Nelson Justus, para deputado estadual na cidade. Depois que o áudio vazou ele voltou atrás e tentou se explicar na sua página do Facebook. Vereadores de oposição estão abrindo processo de impeachment contra o prefeito.

Nelson Justus II

A influência de prefeitos sobre cargos comissionados em época de eleição é comum em todas as cidades, no entanto, nunca foi explicitada da forma como aconteceu em Guaratuba. Por sinal, para muitas pessoas que estão em cargo de comissão é questão de sobrevivência o bom desempenho em votos os candidatos apoiados pela máquina pública. Uma triste realidade num país que fala em mudança e combate à corrupção.

Muda e não muda. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilMuda e não muda

Em algumas cidades da região, como por exemplo em Piên, os candidatos apoiados pelos grandes grupos políticos perderam votos em relação a eleição passada. E dentro desse resultado é possível fazer duas análises. A primeira é que parte do eleitorado está pensando mais na hora de votar e fazendo um voto mais consciente. A segunda é que a outra parte dos eleitores ainda aceita vender o seu voto, sem nenhuma vergonha ou preocupação com o futuro.

Gastos com pessoal

Nos últimos sete anos, aumentou drasticamente o número de municípios paranaenses que comprometem parcela crescente de sua receita no pagamento de pessoal. A conclusão é de um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). O número de prefeituras que descumpriram o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) passou de apenas duas em 2011, para 49 em 2016 e atingiu 80 em 2017 – 20% dos 399 municípios do Estado.

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