domingo, 5
 de 
maio
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2024

Testemunhas depõem sobre caso da morte de Dreveck. Réus acompanham

Leonides e Gilberto não falaram com a imprensa. Foto: Arquivo/O RegionalA semana está sendo movimentada no fórum da comarca de Rio Negro, da qual Piên faz parte, por conta da audiência de instrução relacionada ao processo do crime contra o prefeito eleito Loir Dreveck e contra o técnico de segurança do trabalho Genésio Almeida. Ambos foram mortos em dezembro do ano passado, após atentados a tiros na rodovia entre Piên e São Bento do Sul. Almeida teria sido morto por engano.

Foi grande a repercussão da audiência por conta da presença dos réus. São acusados de encomendar a morte de Dreveck o ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka, e o ex-presidente da câmara, Leonides Maahs. Amilton Padilha teria sido o executor e Orvandir Pedrini seria o intermediário entre mandantes e atirador. Eles respondem por duplo homicídio.

No início da tarde de quarta-feira, primeiro dia da audiência, os réus chegaram algemados ao fórum. Dranka e Maahs estavam no mesmo camburão de um carro da Polícia Civil. Segundo o delegado da comarca, Sérgio Alves, eles foram transferidos dos locais onde estão presos para Rio Negro já há alguns dias para estes depoimentos. Eles permaneceram no recinto da sessão enquanto as testemunhas foram ouvidas. Para hoje, último dia, está marcado o depoimento deles.

Na quarta-feira, a audiência começou um pouco mais tarde do que o esperado por conta de que um dos advogados de defesa não havia chegado no horário previsto; os depoimentos se estenderam até a noite. Foram ouvidas 17 pessoas. Ontem, com previsão de 26 pessoas para depor, a sessão ainda não havia terminado até o final da tarde, quando ocorreu o fechamento desta reportagem.

Todas as testemunhas, indicadas pela promotoria ou advogados e convocadas pela Justiça, foram obrigadas a comparecer. Era chamado na sala um de cada vez para depor, seguindo uma ordem pré-determinada e que não podia ser alterada. Todos aguardavam em um saguão e, depois de deporem, deveriam sair ou então aguardar em outra sala. Os depoimentos eram gravados e as testemunhas eram ouvidas na presença de juiz, promotor e advogados, além dos réus.

Histórico

Os acusados foram presos em uma operação policial no final de janeiro. Alguns dias depois estiveram no fórum para audiência de custódia. Cerca de um mês depois, a Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público e eles passaram da prisão temporária a preventiva. Por meio de seus advogados, em abril, apresentaram defesa e as argumentações foram afastadas, sendo então marcada a audiência.

Próximos passos

Esta etapa oral é uma das importantes etapas do processo. A partir daí, considerando também laudos, perícias e outros documentos, será decidido se o caso vai a júri popular, cabendo recurso. Se for a júri, algumas testemunhas podem ser novamente convocadas se alguma das partes assim solicitar. E havendo o júri popular, são os jurados que decidirão quanto a possível pena.

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