Ao longo do mês de setembro, ações de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio e o alerta para os casos de depressão vêm sendo debatidos junto à sociedade brasileira. A iniciativa faz parte da campanha ‘Setembro Amarelo’ e mobiliza aos órgãos públicos e privados em cidades da região.
Além dos milhares casos de depressão registrados em todo o país anualmente, outro dado alarmante que chama a atenção está relacionado aos suicídios. Segundo levantamento mais recente do Ministério da Saúde, de 2016, em relação aos casos de suicídio, foram 11.433 óbitos no Brasil, sendo um caso a cada 46 minutos, em média.
O psicólogo Gilson Antonio Arruda, que atua em Campo do Tenente, explica que a depressão é considerada uma doença, caracterizada principalmente por alterações repentinas de humor. “Entre os principais sinais de alerta que a pessoa pode apresentar estão isolamento, tristeza profunda, diminuição do prazer em coisas que fazia antes, insônia, vontade de ficar só na cama, sentimento de desvalorização, diminuição de capacidade cognitiva e perda de cuidado com a higiene pessoal”, explica o profissional, destacando que é de extrema importância estar em alerta quanto ao comportamento suicida. “A depressão, dependendo da gravidade, pode desencadear em pensamentos relativos a morte e a tendência suicida”, reforça.
Ainda conforme o psicólogo, tanto para o diagnóstico como para o tratamento é indispensável o acompanhamento de um profissional qualificado. “O tratamento junto ao um paciente com depressão é feito com auxílio médico profissional, por meio de medicamentos, e acompanhamento terapêutico dependendo da necessidade”, orienta Arruda, enaltecendo a importância do apoio da família. “A família ver a depressão como uma doença é fundamental para ajudar a pessoa. Em caso de necessidade, alguém que esteja passando por esta condição pode buscar auxílio junto aos familiares, profissionais médicos e no Centro de Valorização da Vida, o CVV, pelo número 188, que busca a prevenção do suicídio, atendendo voluntária as pessoas que querem e precisam conversar”, finaliza.