A criminalidade, antes uma realidade apenas dos grandes centros urbanos, vem se expandindo e exigindo um trabalho árduo por parte das autoridades policiais no combate ao crime. Na região, entre as práticas mais comuns dos criminosos estão os furtos e roubos.
Dados obtidos junto à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) apontam que nos dez municípios da região suleste foram contabilizados 1.989 casos de furtos no primeiro semestre deste ano e de 2.001 no mesmo período do ano passado, uma redução de 0,60%. Já para os casos de roubos, houve o registro de 1.052 casos em 2017, contra 939 no primeiro semestre do ano passado, uma elevação de 12,03%. Confira abaixo os números de cada município.
De acordo com o comandante do destacamento da Polícia Militar de Quitandinha e Piên, Sargento Rudnilson Witt, este número deve ser maior porque muitas vítimas não registram a ocorrência. “É necessário formalizar esta situação, já que o material levado pode ser posteriormente recuperado e devolvido ao dono, sendo também peça chave para a prisão dos autores e receptadores, que são pessoas que compram produtos ilícitos”, pontuou.
Ainda segundo Rudnilson, a grande maioria dos furtos e roubos são praticados por usuários de drogas. “Eles fazem estes crimes e vendem os produtos por valores muito abaixo do mercado. Já registramos mercadorias que custam R$ 4 mil e são vendidas por R$ 10,00. E isso somente acontece porque muitas pessoas compram estes produtos, mesmo sabendo que são oriundos de furto ou roubo”, lamenta, pontuando outras dificuldades. “Em muitos casos, as pessoas veem as coisas acontecer e até mesmo os bandidos ofertam os produtos, mas a denúncia não acontece. Além disso, a Polícia Civil na região está com efetivo muito abaixo do necessário, o que compromete a investigação”, conta.
Para evitar ser vítima destes crimes, algumas medidas podem ajudar. “Se possível, instalar sistema de segurança e manter portões cadeados. É necessário ter contatos com vizinhos de confiança e em caso de viagens informar para estar sempre atento na residência e evitar postagens nas redes sociais onde os bandidos poderão ver que não há ninguém. Também é recomendado não ir ao banco sempre no mesmo horário”, destaca. “No caso de roubo, orientamos para que não haja reação e movimentos bruscos, porque o bandido, muitas vezes inexperiente, pode estar armado e ferir a vítima”, concluiu Rudnilson.