O número de motoristas com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa ou cassada nas cidades da região teve uma redução de 34% entre o primeiro semestre de 2018 e o mesmo período deste ano. Os dados, que constam em um levantamento feito pela reportagem junto ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), apontam que no ano passado o número de habilitações suspensas ou cassadas era de 1.051, caindo para 692 em 2019.
A sondagem aponta que considerando o maior percentual de queda no número de CNHs suspensas, o destaque é para o município de Quitandinha, com redução de 46% no período analisado, seguido de Campo do Tenente, com baixa de 44%. Contabilizando a maior quantidade de carteiras suspensas ou cassadas tanto em 2018 quanto em 2019, Fazenda Rio Grande aparece na liderança, com 683 e 439 documentos cassados, respectivamente, enquanto Campo do Tenente aparece com o menor número, com nove CNHs suspensas em 2018 e cinco em 2019.
O diretor do Centro de Formação de Condutores Marcon, Eloi Ocirino Pedro, de Piên, explica, inicialmente, que há uma diferença entre a suspensão e a cassação da CNH. “A suspensão é o impedimento de um condutor de dirigir por um determinado período, enquanto a cassação é o cancelamento definitivo do prontuário do motorista. Se o condutor tiver a carteira cassada, ele tem que aguardar dois anos para que possa requerer uma nova primeira habilitação”, detalha.
Ainda conforme o diretor, no caso da suspensão da carteira, ela pode ocorrer em duas ocasiões. “Primeiramente, pelo acúmulo de pontos, quando o condutor no período de 12 meses acumular 20 pontos no prontuário e ele terá a CNH suspensa por um tempo mínimo de seis meses, conforme a nova legislação. Outra situação é quando o condutor comete uma infração que determina a suspensão automática da carteira, como por exemplo o excesso de velocidade, em que o motorista passa por um radar em uma velocidade superior a 50% do limite estabelecido da via, vem uma multa com infração gravíssima e suspensão automática”, detalha Ocirindo, apontando os procedimentos adotados por um indivíduo que teve a carteira suspensa para que possa obter o direito de dirigir novamente. “O motorista precisa entregar a CNH para começar a contar o tempo de suspensão, precisa fazer um curso de reciclagem e aguardar o prazo. Fez o curso e deu o período da suspensão, ele pega a mesma habilitação e volta a dirigir. Se o indivíduo for pego dirigindo com a carteira suspensa, pode ter a CNH cassada”, conta.
De acordo com o comandante do destacamento da Polícia Militar de Tijucas do Sul, Sargento Gil Meira, as autoridades policiais atuam constantemente na fiscalização. “Este trabalho, além de inibir muitas vezes outros crimes, visa manter a ordem e a segurança no trânsito. Em atividades específicas, a Polícia Militar conta com um grupo que dá o suporte necessário”, detalha Meira, pontuando algumas das principais irregularidades. “Documentação atrasada, falta de CNH, permitir pessoas inabilitadas na condução de veículos, uso do celular enquanto dirige, falta de cinto de segurança e embriaguez são os que mais preocupam e merecem uma atenção maior para que não sejam registradas mais tragédias”, conclui.