Venda do produto, considerada uma das principais culturas da região, segue pelos próximos meses
Produtores de fumo de toda a região estão no processo de comercialização do produto, que tem previsão de se estender, pelo menos, até o final de junho. Assim como em anos anteriores, a maioria dos fumicultores trabalha na expectativa em relação a valorização do tabaco.
Entre dezembro do ano passado e janeiro de 2022, rodadas de negociação marcaram a definição dos preços do fumo, com as empresas fumageiras apresentando suas propostas e, após acordo com a comissão representativa dos fumicultores formada pela Afubra e pelas Federações da Agricultura e dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, foram sinalizados os valores.
Em Piên, um dos agricultores que iniciou as vendas é Douglas José Sura, que nesta safra plantou cerca de 95 mil pés. “Na primeira remessa, enviamos cerca de 3 mil pés para a comercialização e esperamos que neste ano seja melhor que em safras anteriores, principalmente pela falta de tabaco observada no mercado”, comenta Sura, apontando ainda alguns entraves encontrados ao longo da colheita. “Perdemos duas estufadas ainda na roça por conta de uma doença na planta. Além disso, a mão de obra está elevada. Mas nos mantemos esperançosos de melhorias e nos preparamos para a próxima safra”, comenta.
O também pienense Augusto Kurovski, que fez o plantio de pouco mais de 125 mil pés, destaca que o clima foi um dos fatores que influenciaram no cultivo da planta. “Em outubro, quando a planta precisava do calor para se desenvolver, tivemos um período de frio, além de chuvas acima da média. Apesar disso, estamos em andamento com a comercialização do produto e esperamos que haja uma boa valorização. O produtor vive uma incerteza com a produção e venda do fumo, devido às exigências do mercado”, avalia.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Piên, Agnaldo Martins, avalia o andamento da safra 2021/2022. “A safra vem sendo dentro da normalidade, com produtividade satisfatória, e espera-se que as vendas sejam positivas para valorizar o trabalho do fumicultor. Planejando a próxima safra, uma das preocupações é em relação aos valores do custo da produção, particularmente dos insumos”, conclui.