O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, divulgou ontem a primeira projeção para a safra de verão 2021/22, apontando para um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ciclo anterior.
A previsão é que sejam produzidas 25.509.900 toneladas em 6,2 milhões de hectares contra 23.301.770 toneladas em 6,1 milhões de hectares na safra 2020/21.
O secretário da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que há expectativa de crescimento na área de soja e em milho, ainda que haja uma redução em feijão, os três principais produtos dessa safra. “Estamos dentro de uma estiagem terrível, estamos a poucos dias de começar a semear soja no Paraná, já começamos a plantar feijão, então há a tentativa de renovar a vida”, disse.
O chefe do Deral, Salatiel Turra, também fez uma análise do momento vivido pela agricultura paranaense. “Ainda estamos com problemas climáticos, ainda tem efeitos de uma geada bastante preocupante e da estiagem, o que pode ser preocupação a partir de 11 de setembro quando abre a temporada para o plantio da soja primeira safra”, avaliou Turra, comentando sobre a rentabilidade dos produtos. “Os preços estão animadores no momento, mas o período para tomada de decisão é muito curto, então quem tinha se programado para plantar soja deve plantar soja”, complementou.
Culturas – Entre os principais grãos produzidos no Estado na safra de verão, a soja deve render 20.954.700 toneladas, volume que representa aumento de 6% em relação à primeira safra do ciclo 2020/21, quando foram colhidas 19.768.900 toneladas. A área reservada pelos produtores para o plantio é de 5.616.770 hectares, acréscimo de 1% em relação ao período anterior.
Considerando o milho, ainda que as estimativas de perdas da segunda safra, que é a mais importante em termos de rendimento no Estado, tenham sido aumentadas de 8,5 milhões de toneladas para 8,7 milhões, em decorrência do clima e de pragas, os produtores não desanimaram, sendo a cultura que tem maior previsão de aumento para a primeira safra 2021/22. Pela estimativa do Deral, devem ser produzidas 4.116.200 toneladas, volume 32% superior às 3.115.200 toneladas do mesmo período no ciclo anterior, e em termos de área, os produtores aumentaram de 372,5 mil hectares para 422 mil hectares.
Em relação ao feijão, a previsão é que o segundo maior aumento porcentual em produção seja nesta cultura. Enquanto a primeira safra 2020/21 rendeu 257 mil toneladas, na atual deve chegar a 284,6 mil toneladas, o que representa acréscimo de 11%.
E para o arroz, está previsto aumento de 2% na produção do arroz sequeiro, saindo de 5,2 mil toneladas para 5,3 mil, com praticamente a mesma área de 2,6 mil hectares. A previsão para o arroz irrigado é de redução expressiva de 4%, caindo de 150,6 mil toneladas para 144,5 mil toneladas. Para este ciclo, a estimativa é de que a cultura se esparrame por 18,9 mil hectares.