quinta-feira, 28
 de 
março
 de 
2024

Os animais são melhores que nós humanos

Quando um animal se depara com uma situação de perigo em uma trilha, instintivamente ele recua e define atacar ou fugir. Além destas duas ações ele raramente volta a utilizar a mesma trilha. Estudos sobre o comportamento social e individual dos animais em seu habitat natural (etologia) revelam muitas vezes este comportamento descrito acima. Este instinto foi perdido por nós humanos em algum momento de nossa evolução.

2020 já está marcado como o ano em que tivemos a mais importante crise de saúde do século. Entramos numa discussão entre economia e saúde e ao mesmo tempo vemos centenas de covas sendo preenchidas por vítimas da doença. Não podemos entrar nesta guerra imposta pelo caos político em que vivemos. Temos que aprender com os animais. Continuar no caminho da política e não da ciência para tratarmos deste momento mundial é um erro.

Os países que conseguiram melhorar a saúde de sua população investiram em políticas de isolamento social e testagem ao mesmo tempo em que fortaleciam as estruturas para receber pacientes infectados. Países que demoraram para agir com rigidez nestas políticas tiveram que entrar em “lockdown” termo em inglês para bloqueio. Neste caso as pessoas só podem sair de casa para comprar alimentos, remédios e levar pessoas a unidades de saúde. Chegar neste ponto é muito pior do que seguirmos o isolamento social. Logicamente não podemos deixar as questões econômicas de lado. Temos que buscar junto aos governos maneiras de amenizar os prejuízos e garantir a vida das pessoas. Decisões fáceis não existem. Já dizia o ditado que mar calmo nunca fez bom marinheiro. Estamos vivendo uma tormenta que não sabemos quando, mas passará.

Para encerrar esta nossa coluna peço um momento de observação. Estando em casa podemos observar a quantidade de resíduos que geramos. Perceba que a sua ida para levar seu lixo até os coletores tornaram-se mais frequentes. Vejamos então que uma crise de saúde iniciada por uma crise ambiental tem consequências muito maiores do que possamos imaginar.

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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