Ação conjunta das polícias Civil, Militar e Científica do Paraná cumpre mais de 70 ordens judiciais em cidades do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Operação foi deflagrada também em Fazenda Rio Grande e Mandirituba
Desde as primeiras horas desta terça, as Polícias do Paraná estão nas ruas cumprindo 74 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão, contra uma organização criminosa envolvida em tentativa de assalto à transportadora de valores, em Guarapuava, na região Central do Estado, em abril deste ano. A operação é fruto do trabalho integrado das polícias Civil, Militar e Científica do Paraná.
A operação acontece simultaneamente em Curitiba, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Maringá, Mandirituba, Ortigueira, Pinhais, Tibagi e Piraquara, no Paraná, em São Paulo, Piracicaba, Hortolândia, Embu-Guaçu, Campinas, São Bernardo do Campo, Itatiba e Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo, e Barra Velha, em Santa Catarina. A ação conta com a participação de mais de 500 policiais do Paraná, além do apoio das polícias civil e militar do Estado de São Paulo.
De acordo com as investigações, as polícias identificaram os membros da organização criminosa após intensos trabalhos e investigações de alta complexidade. Durante as diligências, foi apurado que os criminosos se uniam para concretizar o crime a partir do domínio do município, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado.
Ainda conforme as diligências, os indivíduos, de diversos estados do país, possuem passagens por outros crimes como roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas, extorsão mediante sequestro e outros. Durante as apurações, verificou-se que os criminosos utilizavam as quantias roubadas para comprar itens de luxo, viagens, procedimentos estéticos e ostentar riqueza nas redes sociais.
As investigações apontaram que a organização criminosa é responsável ainda por outros roubos em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná, Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, no estado de São Paulo e em Itajubá, em Minas Gerais.
Crime – A ação dos criminosos aconteceu em Guarapuava entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18 de abril deste ano. Na situação, os criminosos fecharam os acessos da cidade e fizeram moradores reféns, utilizando-os como escudos humanos, porém, não obtiveram êxtio no crime, pois não conseguiram chegar até o cofre da transportadora de valores.
Durante a ação, os indivíduos atearam fogo em seis veículos, sendo que dois deles foram queimados em frente ao 16 º Batalhão da Polícia Militar, com o intuito de dificultar a ação policial, e abandonaram sete carros. Os criminosos estavam equipados com veículos blindados e armamento pesado como fuzis calibres .762, .556 e, inclusive .50, que é um tipo de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas, utilizado em artilharia antiaérea, além de mochilas de mantimentos, com kits de primeiros socorros e capacetes balísticos.
Antes da fuga, os criminosos entraram em confronto com policiais militares e na ocasião, dois policiais foram baleados. O Sargento Ricieri Chagas morreu em combate. Os indivíduos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado.
Coletiva de imprensa – O secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita de Oliveira, o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson Leôncio Teixeira, trarão detalhes da operação em coletiva nesta terça-feira, às 15 horas.