sexta-feira, 26
 de 
abril
 de 
2024

O planeta está febril. Você ainda não percebeu?

Quando nos tornamos pais (seja da forma que for) sempre que nossos filhos têm febre ficamos preocupados. Ela é sinal de que o seu sistema de proteção está ativo combatendo algum processo infeccioso ou inflamatório. Embora a nossa temperatura corporal seja variável, os números ideais estão entre 36ºC e 37,7ºC. Algo acima de 37,8ºC já deve receber maior atenção. Controlada pelo cérebro, mais especificamente pelo hipotálamo, este aumento de temperatura ocorre para bloquear o agente causador da doença (vírus ou bactérias).

Trouxe esta questão do parágrafo acima para fazermos uma analogia com o nosso planeta. Após a Revolução Industrial iniciada em 1760, aonde a humanidade passou a utilizar métodos de produção por máquinas ao invés de artesanais, começamos a aumentar consideravelmente a poluição atmosférica. Somente séculos depois passamos a compreender a dinâmica do clima e tentar de alguma maneira agir. Sempre válido lembrar que os processos de resfriamento ou aquecimento global são parte da história da Terra, porém, este segundo está sendo acelerado pela poluição.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que precisamos conter o aumento da temperatura na Terra sob pena de termos a nossa qualidade de vida afetada (escrevendo assim com o homem no “centro” do problema talvez tenhamos um ganho das demais espécies). As temperaturas já estão mais intensas, vivemos períodos de secas, tornados e furacões ocorrendo em locais nunca antes vistos, extinção de espécies e por aí vamos. Os prejuízos ocorridos pelos extremos climáticos cada vez serão maiores.

O planeta hoje está com os seus 37,8ºC e precisa de força para reagir. Precisamos utilizar energias não poluentes como a eólica e a solar, devemos optar pelo transporte público e coletivo ao individual, temos a obrigação de economizarmos água e reaproveitá-la sempre que isso for possível assim como lutarmos pela preservação das florestas e áreas urbanas verdes que ainda existem. Como dizem os jovens: #partiu fazer a nossa parte pelo planeta!

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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