sábado, 23
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novembro
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2024

Número de doação e transplante de órgãos vem crescendo no Paraná

Nos primeiros seis meses deste ano foram realizados 352 transplantes no Paraná. Foto: Venilton Kuchler/AENA doação e transplante de órgãos é um assunto frequentemente debatido em todos os lugares. Na última terça-feira, foi celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, e a data é destacada com a realização de diversas atividades para incentivar que cada vez mais as pessoas ingressem no cadastro de doadores.
No Paraná, entre os meses de janeiro a julho de 2016, em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de doações de órgão passou de 144 para 196, enquanto o número de transplantes foi de 257 para 352 procedimentos.
De acordo com a assistente social da Central Estadual de Transplantes (CET), Edi Gláucia Retula, a negativa da família ainda é uma das principais barreiras quando se trata da doação. “Falar sobre a doação de órgão ainda causa receio e dúvidas na população. No entanto, é importante que as pessoas conversem com seus familiares a respeito”, comenta Gláucia, destaca ainda que o número de doadores vem aumentando, mas é preciso ampliar. “Nos últimos anos verificamos um crescimento na doação de órgão, porém, constata-se que há quatro receptores para cada doador”, afirmou.
Após acompanhar campanhas e ver a realidade de pessoas que necessitam de um transplante, o mandiritubense Pedro Elói Correa se sentiu estimulado em ser um doador. “Acredito que muitas pessoas deveriam aderir, pois se podemos ajudar e salvar vidas, então vamos ajudar”, enfatizou.Francine recebeu a doação de fígado após ser diagnosticada com Hepatite B. Foto: Reprodução/Facebook
A jovem Francine Beyer, de São Bento do Sul, é um belo exemplo de que a atitude tomada por um doador foi fundamental para salvar sua vida. “Emnovembro de 2014 descobri que estava com Hepatite B e que a doença se manifestou de forma fulminante, destruindo meu fígado em 20 dias. Eu precisei então do transplante de fígado para sobreviver e no dia 11 de novembro do mesmo ano recebi o fígado de uma pessoa, da cidade de Concórdia, que teve morte cerebral. A minha recuperação foi muito boa, pois sou profissional de Educação Física e sempre tive a vida muito regrada e com bons hábitos”, relatou.
Segundo Francine, é importante que a família esteja ciente da vontade de doar órgãos, pois muitas pessoas podem estar na fila precisando desta atitude. “Às vezes, a morte de um ente querido pode trazer sofrimento para a família, mas a vida pode continuar quando ela se torna doadora e ajuda a salvar outras pessoas”, finalizou.

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