Após uma greve de dois dias o transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana voltou a funcionar. Há uma dívida do governo do estado e da prefeitura com as empresas do setor, e o adiantamento mensal dos cobradores e motoristas não teria sido pago no prazo estipulado. Com a regularização do serviço, já houve o anúncio de que haverá aumento da passagem, conforme acontece anualmente, após licitação realizada no ano de 2010.
Em entrevista coletiva na quarta-feira, o prefeito Gustavo Fruet reafirmou a decisão de manter a integração do transporte metropolitano, através da RIT, e confirmou que existe uma forte possibilidade de, a partir de agora, a Urbs deixar de responder pelos pagamentos às empresas metropolitanas contratadas pela Comec. Isso porque, por lei, é o governo do Estado o responsável pelo transporte da região metropolitana e Curitiba só pode gerenciar a parte física e financeira através de convênio.
Em 2012, apenas dois anos depois da licitação, pela primeira vez o governo estadual subsidiou o transporte metropolitano integrado, repassando um total de R$ 64 milhões. Se dividido por um ano, seriam 12 parcelas de R$ 5,3 milhões. Recentemente o governo do estado apresentou uma proposta de repassar 2 milhões mensais de subsídio, o que segundo a Urbs, não é suficiente para manter o sistema integrado e as linhas metropolitanas.
Já se sabe que a tarifa do transporte coletivo em Curitiba vai passar de 3 reais. E haverá diferença para quem usar o cartão transporte ou pagar com dinheiro. “Ficará mais barato no cartão”, informou o prefeito da capital.
Nesta semana, a prefeitura e governo do estado devem definir se a integração será mantida ou haverá separação dos caixas, ou seja, valores diferentes para quem usar o transporte na capital e na região metropolitana.