sábado, 27
 de 
abril
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2024

Não percamos a esperança. A justiça vai prevalecer

Na última terça-feira, tivemos mais dois episódios que mostram o atoleiro moral e ético em que a classe política do país está afundada. Mas, por outro lado, eles nos dão esperança de que a Justiça vai prevalecer.

O primeiro foi a divulgação da carta enviada pelo ex-ministro Antonio Palocci à direção nacional do PT, questionando o processo disciplinar aberto pelo partido contra ele. No texto, Palocci reitera tudo o que já havia falado ao juiz Sergio Moro, mostrando os métodos do governo Lula e afirmando que o ex-presidente sucumbiu ao “pior da política no melhor dos momentos de seu governo”.

Obviamente, Palocci não é inocente e tem muita responsabilidade nas maldades cometidas com recursos públicos nos governos do PT – o que, inclusive, admite na carta, mostrando claramente que está disposto a colaborar com a Justiça para que a verdade venha à tona. Com isso, dá sinais de que quer, efetivamente, colaborar com o país para que desvios como aqueles em que esteve envolvido não se repitam.

Já o segundo episódio foi a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar de seu mandato o senador Aécio Neves, que é presidente licenciado do PSDB. O voto do ministro Luís Roberto Barroso, ao analisar as acusações que pesam contra o senador, foi emblemático para mostrar o descaramento de boa parte de nossos políticos: “Todos esses fatos, para minha maior surpresa e decepção, se passaram anos depois do julgamento da ação penal 470 (Mensalão), três anos após a Lava Jato em curso, a demonstrar que as práticas continuam rigorosamente as mesmas”.

Ou seja: os corruptos continuam a roubar os cofres públicos mesmo com todas as investigações em curso, crentes de que a impunidade vai novamente imperar. Mais do que isso, sem ligar para a opinião pública, seguem discutindo medidas que os beneficiam, como o fundo bilionário para financiar as campanhas eleitorais, aprovado também nesta terça no Senado.

Para aqueles que ocupam cargos de poder e seguem com essas práticas danosas, que fazem o país sangrar em uma das piores crises de sua história, é preciso que a sociedade brasileira dê uma resposta à altura. Se eles não têm a hombridade de renunciar e ir para casa, nós eleitores temos que fazer nossa parte nas urnas. Mais do que isso, temos que manter a esperança de que a Justiça vai fazer sua parte e punir exemplarmente todos os corruptos.

É preciso acreditar que podemos, sim, transformar o Brasil.

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