Na abertura da sessão da última segunda-feira aconteceu o pronunciamento da pneumologista, doutora Josiane Marchioro. Iniciativa foi em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-juvenil, em 23 de novembro, e o Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro
Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-juvenil, em 23 de novembro, e o Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, por proposição da 3ª vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputada Cristina Silvestri (PSDB), na sessão plenária da última segunda-feira (27), aconteceu o pronunciamento da pneumologista, doutora Josiane Marchioro sobre os perigos do uso do cigarro eletrônico.
Dados de órgãos públicos de saúde indicam que nos últimos anos, o mercado tem testemunhado o crescimento acelerado do cigarro eletrônico, também conhecido como ‘vape’, e que promete ser uma alternativa mais segura ao tabagismo convencional. Porém, por trás da fumaça aromatizada, escondem-se riscos significativos para a saúde, pois o líquido utilizado nos cigarros eletrônicos não é apenas vapor de água, consistindo em uma mistura de substâncias químicas, muitas das quais são altamente tóxicas e prejudiciais à vida humana.
Na oportunidade, a deputada Cristina Silvestri, explicou a importância da data e dos cuidados com o uso indiscriminado do cigarro eletrônico. “Hoje é o Dia Nacional de Combate do Câncer e na semana passada, no dia 23, foi o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. Então, nós aproveitamos essa oportunidade para falar sobre o assunto e colaborar na conscientização. O “inofensivo” cigarro eletrônico, que tem nos jovens os maiores adeptos carregam a propaganda que a fumaça branca não faz mal a ninguém. Isso virou uma moda, mas o mal que esse cigarro está causando é muito pior do que um cigarro normal e que, em um curto período de tempo, ainda vamos verificar os sérios danos para saúde da população”, disse.
Doutora em Pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), professora do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), médica pneumologista do Hospital de Clínicas da UFPR, especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia, atua na área de Pneumologia desde 2010, com experiência clínica e de pesquisa acadêmica em doenças respiratórias, atua como docente e médica do Hospital de Clínicas onde trabalha em linhas de pesquisa sobre DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), asma, tabagismo e reabilitação pulmonar, a médica pneumologista, Josiane Marchioro palestrou na abertura da sessão. “Existem mais semelhanças do que diferenças entre o cigarro normal e o cigarro eletrônico. O cigarro normalmente contém mais de 7 mil substâncias, além da nicotina e já está sendo estudado há mais de 100 anos, enquanto no cigarro eletrônico, sabemos que a nicotina é fator comum, mas existem muitas outras substâncias que ainda estão em estudos como os metais pesados que já são comprovadamente cancerígenos”, detalhou.
De acordo com a doutora, são vários malefícios causados pelo uso do dispositivo. “O cigarro eletrônico, vape ou dispositivo eletrônico para fumar tem uma gama muito grande de substâncias que a gente desconhece o efeito pulmonar e cardiovascular que pode causar, porque fumar é uma doença sistêmica. A indústria do cigarro se favorece da desinformação fazendo um dispositivo cada vez mais tecnológico e adaptável à experiência do usuário, incluindo sabores (flavorizantes) destinados especialmente para encantar os jovens e adolescentes”, explicou.
Riscos de usar cigarro eletrônico – Estudos têm apontado que a inalação de vapores químicos pode causar danos significativos aos pulmões, com o uso contínuo de cigarros eletrônicos associado a condições como bronquite, inflamação pulmonar e até mesmo pneumonias graves. Além disso, o vapor liberado pelos dispositivos pode conter partículas ultrafinas que penetram profundamente nos pulmões, agravando ainda mais os problemas respiratórios.
Combate ao câncer – A Lei federal nº 11.650, de 2008, instituiu o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado anualmente em 23 de novembro, buscando estimular ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantil, debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às crianças com câncer, apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol das crianças com câncer, difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer infantil e apoiar as crianças com câncer e seus familiares. Instituído pela Portaria do Ministério da Saúde GM n° 707/1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro, tem objetivo de promover a conscientização e alertar a população sobre como prevenir a doença.