sábado, 4
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maio
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2024

Família destaca a luta contra o preconceito e pelo bem-estar do filho com autismo

Família de Caíque, reforça a luta pela inclusão da pessoa autista. Foto: Arquivo Pessoal
Caíque, acompanhado dos pais, reforça a luta pela inclusão da pessoa autista. Foto: Arquivo Pessoal
Aos 18 anos, Kaike Eduardo Rodrigues recebeu recentemente o laudo de TEA e tem buscado, junto com a família, mais espaço na sociedade para o acolhimento das pessoas com esta condição

Uma jornada de luta e busca pela qualidade de vida aliada ao acolhimento junto à sociedade. Assim pode ser resumida a batalha da família do jovem Kaike Eduardo Rodrigues, de 18 anos, morador de Piên, que é diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e que vem buscando alternativas para ter uma evolução em seu quadro.

Natural de Londrina, o menino apresentou os sinais iniciais para a quadro ainda nos primeiros anos de vida, porém, o laudo comprobatório para autismo saiu recentemente. Até esta confirmação, a família e o jovem passaram por uma série de desafios, tanto para garantir melhores condições de vida quanto na luta contra o preconceito.

A mãe do rapaz, Denise de Lima, lembra os principais desafios enfrentados na busca pelo diagnóstico. “Desde pequeno, o Kaike tinha as diferenças dele, demorou a andar, a falar e tinha seletividade com comida, mas eu nunca tinha ouvido falar em autismo. Levava ao médico e era considerado tudo normal.  Quando ele completou três anos, começamos a investigar os atrasos na fala e no andar e, ao entrar na escola, começaram as dificuldades. Foi então aos nove anos, que a psicopedagoga alertou que ele tinha algo diferente dos demais alunos e fez o encaminhamento para o neuro, o qual na consulta, constatou que não havia problemas na parte neurológica e fomos direcionados ao psiquiatra”, recorda Denise, contando que foram diversas consultas, trocas de médicos e medicamentos, o que acabavam comprometendo o quadro de Caíque. “Tivemos fases bem difíceis, com ele ficando bem nervoso, agitado, falando até mesmo em suicídio, e tendo crises. Foi uma luta muito grande até vir o laudo”, detalha.

Apresentando todo o histórico de acompanhamento do jovem aos médicos, neste ano a família teve a confirmação para o TEA e, diante do laudo, houve a prescrição de uma série de medicamentos para evitar novas crises de Kaike. “O médico então tirou uma medicação, manteve outra e entrou com o Canabidiol, o qual contribuiu para uma melhora de 90% na condição do Kaike”, afirma a mãe.

Para a Denise, acompanhado pelo marido, Dennys Bispo, além da luta pelos medicamentos, de alto custo, uma das bandeiras da família é contra o preconceito. “Hoje, com a considerável melhora, o Kaike está trabalhando e tem apresentado avanços em seu estado, mas são remédios de alto custo e apenas um é assegurado pelo SUS. Por isso, estamos buscando todo o suporte para que possamos manter o Canabidiol. Além disso, a sociedade ainda não sabe como acolher e como lidar com esta condição. Por isso, mantemos a luta para que ele consiga ter uma vida normal e ter seus direitos garantidos”, finaliza.

Câmara – Durante a sessão, o presidente da câmara de vereadores de Piên, Giomar da Rosa, o Juma, apresentou uma proposição solicitando o desenvolvimento de políticas para facilitar o acesso a medicamentos e produtos à base de Canabidiol, para tratamentos de diversas doenças, síndromes e transtornos de saúde, em conformidade com a Lei Estadual nº 21.364/2023, que vem sendo regulamentada no Paraná. Na ocasião, o pai e o rapaz fizeram o uso da palavra para explanar sobre o uso do medicamento.

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