quinta-feira, 25
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abril
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2024

Mais aviários são fechados na Amsulep

Avicultor Ozni/Foto:ArquivoOs últimos meses têm sido de incerteza no setor de produção de frango na região. Muitas granjas estão fechadas em vários municípios. Isto porque empresas do ramo, algumas por motivos de fechamento de seus abatedouros, estão deixando de enviar lotes de aves para alojamento nestes aviários, gerando assim grandes prejuízos aos avicultores.

Um dos criadores que recentemente recebeu o comunicado da companhia de que não alojaria mais aves é Ozni Wilgosz, de Lageado dos Martins, no município de Piên. Ele possui uma granja há dez anos, com 1.560 metros quadrados e com licença ambiental, e conta que o último lote foi encerrado há cerca de um mês. “Ao longo dos anos fizemos inúmeros investimentos em equipamentos, energia elétrica e mais recentemente cortinas interna e externa e agora estou aqui com toda esta estrutura sem uso”, lamenta. Ele ressalta que iria investir mais para fazer as adequações que estão sendo exigidas pelas empresas.

Em Rio Negro também houve fechamento de aviários. Um deles é do criador Sergio Cubas Valério, da localidade de Lençol, no ramo há 21 anos. “Tive minha granja desativada há pouco mais de três meses”, conta. Neste caso, além de toda a estrutura que o aviário já possuía, Sergio já estava executando as adequações necessárias, mas mesmo assim acabou sendo cortado.

Outra mudança sentida recentemente por avicultores é quanto ao prazo para entrega de lotes, que estaria sendo dilatado. Ou seja, o criador estaria tendo um menor número de lotes alojados por ano e, consequentemente, um menor rendimento.

O poder público tem tentado intervir para evitar estes prejuízos aos granjeiros. Há duas semanas houve uma reunião entre a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento – Seab e representantes da Marfrig. A prefeitura de Mandirituba já havia procurado ajuda junto a Seab. Em Tijucas do Sul, o executivo municipal promoveu encontro entre avicultores e o Banco do Brasil, para que os avicultores endividados pudessem renegociar suas dívidas.

A Seara, que possui unidade na Lapa, informa que se empenha para manter a rentabilidade dos envolvidos na sua cadeia de negócio. Os esforços exigem ajustes de produção, aumento do intervalo de entrega de lotes, redução da densidade e a descontinuidade de algumas parcerias. A empresa entende que grande parte das dificuldades é passageira. A unidade da Lapa opera hoje com 470 produtores rurais da região. Segundo a Seara, as melhorias requisitadas aos produtores são exigências dos órgãos públicos reguladores e dos avanços para o aumento da produtividade e da sustentabilidade financeira do produtor.

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