A prefeita de Agudos do Sul, Luciane Teixeira, e o vice Mano Camargo devem permanecer nos respectivos cargos até o final do mandato. A chapa, eleita em outubro de 2016, corria o risco da cassação dos diplomas e a decisão da primeira instância era desfavorável a eles. Mas, na última segunda-feira, foi iniciado o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, e a votação dos desembargadores, mesmo não finalizada, é amplamente favorável à dupla.
A chapa era acusada de compra de votos por meio de vales-combustível e abuso econômico no pleito eleitoral de 2016. A Justiça Eleitoral de Fazenda Rio Grande, zona da qual Agudos faz parte, havia decidido pela cassação, mas a defesa de Luciane e Mano apresentou recurso e o caso teve o julgamento marcado para a última segunda-feira no TRE. Cinco dos sete desembargadores já declararam voto favorável ao provimento do recurso.
O sexto desembargador a votar pediu vistas e o julgamento terá continuidade no próximo dia 23. Segundo o advogado Guilherme Gonçalves, que defende a prefeita, ainda que esse parecer seja contrário, o resultado ficaria em 5 X 1, já que o presidente só vota em caso de empate. Ele acredita que, mesmo que seja apresentado recurso desta decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a situação dificilmente será revertida.
Segundo a prefeita, a decisão mostra que a democracia vem sendo respeitada. “Aguardamos a confirmação do resultado, mas desde já agradecemos o apoio de todos. Não existem provas do que a nós foi imputado. O progresso continua e vamos seguir lutando pelo povo, pois o trabalho não pode parar”, completa Luciane.