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2024

Júri do caso Loir e Genésio: réus serão ouvidos nesta sexta-feira

Fórum da Comarca de Rio Negro. Foto: O Regional
Nesta sexta pela manhã, ainda antes do interrogatório dos réus, marcado agora para a parte da tarde, foram apresentados na sessão alguns documentos, laudos e materiais audiovisuais. Júri é do caso da mortes do prefeito eleito de Piên em 2016, Loir Dreveck, e do técnico de segurança do trabalho Genésio Almeida.

 

De acordo com a programação do Júri Popular que ocorre desde terça-feira (21) no Fórum da Comarca de Rio Negro, serão interrogados nesta sexta-feira (24) os réus do processo do caso que envolve as mortes do prefeito eleito de Piên em 2016, Loir Dreveck, e do técnico de segurança do trabalho Genésio de Almeida. Na quinta-feira (23) foi concluída a fase de inquirições de testemunhas e nesta sexta pela manhã, ainda antes do interrogatório dos réus, marcado agora para a parte da tarde, foram apresentados na sessão alguns documentos, laudos e materiais audiovisuais.

São réus neste processo o ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka, o ex-presidente da câmara de vereadores, Leonides Maahs, estes apontados no processo como mandantes do crime, além de Orvandir Pedrini, o Gaúcho, tido como intermediário entre os mandantes e o atirador, e Amilton Padilha, acusado de ser autor dos disparos. Não estiveram presencialmente na sessão nos três primeiros dias de Júri os réus Gaúcho, o que segundo informações seria por medida de segurança, e Padilha, que estava foragido e foi preso na quarta-feira no Rio Grande do Sul. Nos trabalhos desta sexta pela manhã o único réu presencialmente na sessão foi Leonides Maahs.

Resumo da quinta-feira – Abrindo os trabalhos na sessão de quinta, por volta das 8h30, foi ouvido um empresário de Piên, Altevir Seidel, o qual respondeu aos questionamentos feitos sobre a vida pessoal e empresarial de Gilberto Dranka.

Em seguida, foi inquirido o deputado estadual Anibelli Neto, que manteve vínculos políticos com Dranka nas últimas eleições, e que fez um apanhado sobre a relação entre parlamentares e prefeitos, fazendo apontamentos sobre o cenário relacionado a política pienense.

Na parte da tarde, com discussões acaloradas, o júri teve que ser interrompido após bate-boca entre advogados de defesa dos réus e os promotores que atuam no caso. A situação ocorreu durante o depoimento da testemunha Celio Oliveira, arrolada pela defesa de Gilberto Dranka, no momento em que a promotoria estava lhe fazendo perguntas.

O clima esquentou quando o Ministério Público abordou questões de um processo de improbidade administrativa, o caso das pedras, que envolveu a testemunha, bem como o réu, quando então as defesas se manifestaram e as discussões ganharam proporção, e por falta de ordem na sessão, o juiz Rodrigo Morillos, que preside as atividades, determinou a retirada dos jurados do plenário, enquanto a discussão continuava. O Júri ficou interrompido por cerca de 15 minutos, sendo em seguida retomado.

Um dos depoimentos mais aguardados e que marcou o terceiro dia foi de Antônio Negrelli, isso porque nos últimos dias circularam materiais audiovisuais com seus depoimentos em audiências anteriores e que constavam as informações prestadas. E este foi um dos assuntos pautados durante sua inquirição, com detalhamentos sobre o transporte da moto que teria sido usada no crime, além de outros detalhes relacionados aos fatos contidos no processo.

Advogados – O advogado assistente de acusação Samir Mattar Assad afirmou que espera que o julgamento ocorra de maneira integral. “A nossa expectativa é que a gente consiga demonstrar para os jurados todas as provas que tem contra os acusados. Provas produzidas de maneira excelente pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Paraná”, disse. “Esperamos que no final, os réus sejam condenados pelas acusações”, ressaltou.

Nilton Ribeiro de Souza, advogado de defesa de Leonides Maahs, afirmou que irá usar todo o arcabouço probatório que foi produzido durante a instrução. “Essa cooptação de provas que foi realizada durante todo o processo será exposta. Isso vai demonstrar a inocência de Leonides Maahs. Ele não tem participação nenhuma nesses dois homicídios”, afirma Ribeiro. Segundo o advogado, Maahs foi envolvido nesta situação, como um partícipe que teria mandado um executor realizar esses crimes. “Não se provou isso durante a instrução. Pretendemos demonstrar que não foram colhidas provas necessárias para uma condenação”, ressaltou Ribeiro.

Jeffrey Chiquini da Costa, advogado de defesa de Amilton Padilha, afirmou que tem um compromisso com a verdade e com a justiça. “Estamos trabalhando exclusivamente com as provas que já estão no processo. Posso concluir e afirmar que a sociedade irá se surpreender com a verdade. Vamos provar a todos a grande trama que a acusação criou. Amilton Padilha não participou destes fatos e isso já está provado no processo. Nós iremos apenas apresentar ao Conselho de Sentença”, disse. Segundo o advogado, a absolvição é o único caminho justo neste caso.

O advogado de defesa de Gilberto Dranka, Claudio Dalledone Junior, afirmou que tem a convicção e a certeza da inocência de Dranka. “Gilberto Dranka, por intermédio de seus advogados, irá demonstrar essa rede de intriga, onde se misturou política e ganância e que a maior vítima de tudo isso foi Loir Dreveck. Ele foi arrastado para essa desgraça”, disse.

A reportagem procurou mas ainda não obteve declaração da defesa de Orvandir Pedrini.

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