Neste ano, após a Companhia Paranaense de Energia (Copel) formalizar dois reajustes nas contas de energia elétrica, os contribuintes automaticamente tiveram um aumento nas suas faturas de até 54%. Esse aumento também recaiu para as prefeituras, que agora estão contabilizando uma despesa muito maior com pagamento de energia elétrica em prédios públicos e iluminação pública. A reportagem de O Regional promoveu um comparativo de contas de prefeituras da região dos meses de setembro de 2014 e 2015. Há casos que os valores chegam a cem por centro de aumento.
Segundo o secretário de Administração da prefeitura de Tijucas do Sul, Hélio de Oliveira, já por longa data a arrecadação com a contribuição de iluminação pública junto aos moradores não cobre o custo para a manutenção do serviço. Ele lembra ainda, que além da fatura há despesas com troca de lâmpadas, cabos, postes e demais reparos. “Já estamos por um bom tempo colocando dinheiro para cobrir o custo com a iluminação pública. Agora enviamos um projeto para a câmara de vereadores com o objetivo de reavaliar a tarifa no município. Não é de interesse repassar todo o custo à população, mas existe uma necessidade de ajustar o valor usando bom senso”, disse o secretário.
A grande maioria dos municípios está com a taxa de iluminação pública defasada e vem sendo atualizada apenas com a correção inflacionária. Em Agudos do Sul, em um ano as faturas pagas pela prefeitura tiveram aumento de R$ 6 mil, enquanto que o valor arrecadado com as tarifas de iluminação neste mesmo período teve um acréscimo de apenas R$ 870,00. “As prefeituras ano a ano vêm suportando estes gastos sem repassar aos contribuintes. Com isso, sobram menos recursos para investimentos em obras e nas demais áreas”, relatou o contador João Airton Negrelli.
A prefeitura da Lapa, quando trata apenas dos gastos com a iluminação pública, o valor pago para a Copel passou de R$ 60 mil para R$ 114 mil em um ano. A arrecadação não passa de R$ 101 mil, ou seja, déficit de mais de R$ 10 mil.