As obras de construção da usina de biodiesel no município da Lapa foram paralisadas nesta semana após uma greve envolvendo os trabalhadores que atuam no local. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Montagem e Manutenção – Sindimont, existem falhas nos registros de contratação. Boa parte dos operários pertencem à empresa Intecnial e estariam sendo registrados fora das profissões que exercem, o que resulta consequentemente num ganho menor do que o esperado.
O sindicato informou que defende a demanda e espera uma revisão de todo processo de contratação. Cleber Sipriano Oliveira conta que esta há 5 meses na obra, é soldador, mas foi registrado como ajudante e recebe 913 reais mensais, bem abaixo da remuneração de um soldador, em torno de 2 mil reais. O sindicato vai verificar ainda se o período de contratação não está expirando nos três meses para evitar encargos.
Os trabalhadores também estão cobrando um posicionamento da prefeitura do município, que é incentivadora do empreendimento na Lapa. A obra tem conclusão prevista para o final do ano e terá capacidade para produzir 170 milhões de litros de biocombustível por ano. A usina vai gerar 120 empregos diretos e deve aumentar em 30% o PIB (Produto Interno Bruto) da Lapa.