Em pandemias já enfrentadas pelo mundo, como por exemplo, a H1N1, os países mais ricos começaram suas campanhas de vacinação antes do mundo inteiro. É o caso da China, que iniciou no mês de setembro de 2009 e os Estados Unidos no mês de outubro do mesmo ano.
No Brasil, só iniciou o processo de vacinação em março de 2010. Naquele ano, a H1N1 era tratada como uma doença considerada moderada e com associação ao inverno, por se tratar de uma gripe. De acordo com especialistas, o dinheiro para aquisição de milhões de doses, questões políticas e localização das empresas fabricantes, também tiveram peso naquele ano. Alguns países compraram doses em excesso e tiveram que descartá-las ou vendê-las.
Um fator importante que vale ressaltar entre essas pandemias, é que, o coronavírus contagia o ano inteiro e não só no inverno, como a H1N1.
Após a burocracia para aprovação de vacinas que se mostrassem eficazes contra o coronavírus, a imunização traz a representatividade de uma importante vitória para o país. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, os profissionais de centros de pesquisa têm se esforçado na investigação da eficácia dos imunizantes.
Já o Plano Nacional de Imunizações, que existe há mais de quarenta anos, é motivo de orgulho para todos os brasileiros. O programa lidera o processo de redução da Covid-19, como já fez no passado, controlando doenças como a poliomielite, o tétano, a rubéola e o sarampo.
As primeiras doses do imunizante no país, em janeiro, marcaram um momento de muita fé e esperança em dias melhores. No Paraná, a primeira vacinada foi a enfermeira Lucimar Josiane de Oliveira, de 44 anos, junto com mais sete colegas que atuam na linha de frente do coronavírus.
Nas cidades da região, as doses chegaram no fim do mês de janeiro, e mesmo com uma imunização lenta, a esperança cresce a cada dia com o andamento dos grupos prioritários de vacinação.
Em Piên, a primeira vacinada foi Sueli Terezinha Brunquell, de 51 anos e que atua na linha de frente do coronavírus. Além de ser profissional da saúde há 29 anos, a profissional de saúde se sente privilegiada por ser a primeira funcionária do município a receber a dose do imunizante. “Me sinto orgulhosa por ser a primeira, de muitos que tomaram a vacina”, comenta. A técnica de enfermagem torce para que a vacina chegue a toda população.
“Torço para que todos, daqui alguns dias, tomem o imunizante”, diz. Sueli não teve nenhuma reação ou sintomas diferentes ao tomar a vacina. “Não deu nenhuma reação, nenhuma dor”. Sueli reforça e pede que as pessoas, mesmo após tomarem a vacina, continuem com os cuidados contra a contaminação do vírus. Pois, ela vê, no seu local de trabalho, que as pessoas tomam a vacina e deixam de seguir os cuidados necessários.