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2025

Eduarda Mendes compartilha sobre rotina e processo de reabilitação

Eduarda relatou o processo de reabilitação e rotina. Foto: Arquivo/O Regional
Eduarda relatou o processo de reabilitação e rotina. Foto: Arquivo/O Regional
Jovem de Piên está voltando às atividades rotineiras após mais de 60 dias de hospitalização e enaltece carinho e orações recebidos da comunidade

Passados três meses desde o acidente na localidade de Lageado, em Piên, Eduarda Mendes celebrou aniversário nesta semana, compartilhando momentos ao lado da família e a rotina de adaptação após o ocorrido. No acidente, Eduarda teve ferimentos graves, entre eles a fratura de T3 e T4 na coluna vertebral, resultando em mais de 60 dias de hospitalização.

Sempre atuante na empresa da família, a Padaria e Pizzaria Mendes, a jovem vem aos poucos voltando à rotina das atividades e, nesta semana, a Du, como é conhecida, compartilhou um momento especial ao celebrar seu aniversário: confeitar o bolo para comemorar a idade nova. Relatando sobre como vem sendo a adaptação no pós-acidente, Eduarda recebeu a reportagem de O Regional e enalteceu a força de recomeçar.

Segundo Eduarda, dos 66 dias internadas, foram 46 na UTI, onde esteve sempre acompanhada dos pais João e Carla e dos demais familiares. “Os primeiros dias eu fiquei no Hospital do Trabalhador, fiquei cinco dias lá no pós-cirúrgico e depois já fui pro Centro de Reabilitação. Os primeiros 10 dias de internação eu não lembro de muita coisa, por estar meio dopada, muito remédio. Mas depois, eu já estava mais consciente, estava entendendo o que tinha acontecido. Lembrava de muita coisa, não tive nenhum esquecimento nem do dia do acidente, não perdi memória nenhuma. No hospital, tinha dias que eu estava bem, principalmente na UTI. De repente, hoje eu estava bem, passava à tarde eu já estava bem mal, não tinha uma sequência de dias bons. Eu tinha asma, e isso que foi o que mais afetou no meu tempo de internação, principalmente da UTI. Porque afetou muito o pulmão”, relata.

Du comenta que durante a internação fez uso de tráqueo, passando por constante acompanhamento médico. “Eu não conseguia controlar a respiração. Fiquei bastante tempo com a tráquea. E a ideia deles [médicos] era ter me mandado embora com a tráqueo. Então daí, conversando com os fisioterapeutas, que eu consegui tirar. Na UTI eu tinha poucos momentos de fisioterapia, porque eu também não tinha força para fazer. E na enfermaria eu fazia fisioterapia duas vezes por dia. Era mais pesado, mas ajudaram muito. Tive uma melhora nesses 20 dias que eu fiquei ali bem grande”, aponta.

Após receber alta, Eduarda lembra que foi algo marcante, por estar novamente em contato com o lar e a natureza. “Querendo ou não, foram 66 dias trancada, vendo parede branca. Eu falei que o dia que cheguei em casa e pude ver o verde, pude ver a natureza de novo, foi muito bom. E até estar com a família de novo, ter contato com todo mundo. Tudo ali no hospital era mais restrito, as visitas e tudo. Foi um momento muito feliz”, conta.

De acordo com Eduarda, agora, com os acompanhamentos necessários, o objetivo é em breve voltar às atividades da padaria, já tendo a experiência de confeitar o bolo de seu aniversário. “Temos o costume de cantar parabéns e tem bolo no aniversário de todo mundo. Então eu fui lá com eles tomar café de manhã, até cheguei de surpresa lá. E depois eu fiquei lá matando o tempo, conversando um pouco. Falei que achava que dá para encarar fazer o bolo. As meninas fizeram a massa pra mim e elas me ajudaram ali a pegar isso, pegar aquilo e eu consegui rechear e confeitar o bolo. Foi boa essa primeira experiência. Espero conseguir voltar, assim, confeitar bolo. Mas em um primeiro momento imagino que eu vá pra parte administrativa ali mesmo”, detalha.

Com as lesões sofridas e a paraplegia, a jovem detalha sobre a nova realidade. “Acho que o aceitar é o mais importante em um momento desse. Não adianta querer ficar negando a realidade. Se reabilitar é aceitar a realidade e tentar viver com ela. Tentando voltar à rotina aos pouquinhos, que não é fácil, mas agora também eu estou bem melhor”, afirma Eduarda, enaltecendo ainda todo o apoio recebido nos momentos mais difíceis. “Muita gente me mandando mensagem. Mas é o carinho que você sente, que vem de todo mundo. Que a gente nem imaginava ter tantos conhecidos, assim, mandando mensagem. Foi muita oração e agradeço o carinho e as orações. A gente não entende o porquê das coisas, mas as coisas acontecem na vida e precisa encarar. Não dá pra desistir, não dá pra querer ficar questionando. E agradecer o cuidado da família, que foi e é muito importante nesse momento”, finaliza.

 

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