domingo, 24
 de 
novembro
 de 
2024

E as cidades?

Quando procuramos em um dicionário a definição da palavra cidade encontramos: Grande aglomeração de pessoas em uma área geográfica circunscrita, com inúmeras edificações, que desenvolve atividades sociais, econômicas, industriais, comerciais, culturais, administrativas etc.; urbe. Já na ciência que estuda a origem e a evolução das palavras, a Etimologia, a palavra “cidade” tem a sua origem no latim, e vem de CIVITAS, significava originalmente “condição de cidadão”. Por sua vez, esse vocábulo deriva de CIVES, que pode ser traduzido como “homem que vive na cidade” ou “cidadão”.

Aglomerando pessoas em áreas determinadas por fronteiras temos inúmeros problemas para tratar. Estes cidadãos deverão ter uma casa para se abrigar, necessitarão se alimentar, deverão trabalhar e criar os seus descendentes. Atividades aparentemente nada complexas, mas que necessitam de uma ação coletiva para que possam ser desenvolvidas.

Nesta casa esperamos condições mínimas que tragam o bem estar físico e mental do indivíduo. Água potável, rede de esgoto, energia elétrica e alguns equipamentos que possam fazer deste local de descanso algo minimamente confortável. Na questão nutricional não há como abrirmos mão, desde o nascimento, de alimentação saudável e em quantidade que nutra o organismo de suas necessidades biológicas. Quanto ao trabalho, ele será o veículo para que estas estruturas sejam estabelecidas.

Até aqui tudo bem. Palavras até meio ingênuas e linha de raciocínio não muito difícil de entender. A questão vem agora! As relações entre os cidadãos não andam bem há muito tempo no mundo. Poucas pessoas detêm a maioria da riqueza enquanto a grande maioria amarga a pobreza. Este desequilíbrio social tem feito um mal imenso ao planeta e principalmente para aqueles que vivem nas grandes cidades. Não há justiça social e muito menos ambiental em nossa sociedade. Enquanto não acharmos a maneira de tornar tudo mais justo e igualitário continuaremos falhando como humanidade. O caminho não é fácil, mas deve ser realizado. Para aumentar a nossa “imunidade” precisamos de mais “humanidade”.

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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