O nosso grau de inconsequência tem sido elevado a cada dia que passa. Voltamos a ter um aumento considerável dos casos de pacientes com Covid19 e isso se deve única e exclusivamente à falta de empatia da população. Quando procuramos o significado da palavra empatia na internet encontramos que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa a fim de compreender o que ela pensa e sente. Quando não agimos desta maneira entramos no campo na antipatia, desprezo, abominação e desamor.
Não estamos tendo a capacidade de entender que toda vez que não mantemos o distanciamento social, não utilizamos máscaras e não higienizamos as mãos com álcool gel ou sabão estamos ampliando consideravelmente o risco de contágio. Tenho a impressão de que todos cansaram de realizar a prevenção e passaram a agir como se a vacina já estivesse sendo aplicada à população. A vacina ainda não está disponível e a estrutura de saúde de alguns municípios já está caminhando para o colapso.
Este colapso se dá não apenas pelos casos de pessoas contaminadas, mas pela falta de vagas em hospitais para pacientes com outras necessidades urgentes. Embora tenhamos um Sistema Único de Saúde (SUS) exemplar em sua estrutura, mas carente de melhorias, não há como atendermos todos os necessitados de tratamento caso não façamos algo para reduzir os níveis de contágio.
Falta pouco para termos a vacina e mesmo assim ainda não sabemos se possíveis mutações do SarsCov2 serão combatidas por ela. Mesmo assim só temos a orientação médica de que existem métodos não farmacológicos que podem ter efetividade para evitarmos a transmissão do vírus. Estamos em um momento de mais empatia e menos antipatia.
Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec