A data faz uma homenagem a São Lucas, considerado o padroeiro da profissão
No dia 18 de outubro é lembrado o Dia do Médico. A data faz uma homenagem a São Lucas, santo católico e padroeiro da profissão. Segundo registros da bíblia, São Lucas teria exercido a medicina. Com a pandemia, ficou evidente a importância desta profissão, a rotina exaustiva e a tentativa incessante na luta pela vida.
Esses profissionais atuam no cuidado da saúde da população, de maneira preventiva e indicando caminhos para a prevenção de um diagnóstico, com objetivo de tratar enfermidades. A medicina foi regulamentada de maneira completa através do Código Federal 12.842/2013, com o estabelecimentos as funções de médicos e por questões que podem ser desenvolvidas pelos demais trabalhadores da saúde.
Dra. Norka Nishihara, que atua no Brasil desde o ano de 2014, afirma que um dos maiores desafios da profissão é realizar um atendimento humanizado e resolutivo aos pacientes mesmo em meio à grande demanda e a escassez de recursos, além da carga de trabalho também ser alta. “A gente precisa enxergar o paciente além do biológico, considerando seus aspectos biopsicossociais. A nossa jornada de trabalho às vezes é extensa e cansativa”, afirma.
A profissional afirma que com a pandemia houve o medo diário da contaminação por parte dos profissionais médicos. “Passamos a encarar um problema de proporção imensa, porém desconhecido. O receio de se contaminar, contaminar familiares e até os próprios pacientes nos levaram a mudar nossa forma de se vestir, nos fizeram abandonar os adornos e dar lugar aos inúmeros EPI’s”, comenta Dra. Norka.
A falta de recursos, leitos e medicações fizeram os médicos racionarem recursos, tomar difíceis decisões e lidar com o sentimento de impotência, segundo Dra. Norka. “A rotina médica mudou de forma absurda durante a pandemia trazendo maior valorização, mas também maior responsabilidade ao profissional médico diante da grande calamidade”, descreve.
O clínico geral André Albino Borges, médico de Agudos do Sul e Fazenda Rio Grande, atua desde o ano de 2013 no Paraná e afirma que os principais desafios da profissão são a carga horária e a pressão que enfrentam diariamente. “Muitas vezes enfrentamos situações estressantes que exigem muita responsabilidade, pois lidamos com vidas”, comenta.
O médico comenta que, com o início da pandemia, houve a necessidade de exercer diariamente a empatia. “Com a pandemia tivemos que nos sensibilizar cada vez mais, pois vimos muitos colegas e familiares tendo a vida ceifada pelo coronavírus. Inclusive, perdi minha mãe nessa pandemia, além de mais cinco familiares”, desabafa o profissional.
Dr. André também pegou o coronavírus. O médico comenta o sentimento de ver pessoas perdendo seus familiares. “Foi muito estressante. Mas graças a Deus deu tudo certo, me recuperei. Mas fico triste por tantas famílias que choraram por perder um ente querido por essa pandemia”, narra.