sábado, 27
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abril
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2024

Dia Internacional da Síndrome de Down reforça luta por inclusão e conquistas

Com um sorriso contagiante, Leandra de Lima é uma das alunas atendidas pela APAE de Agudos do Sul. Foto Divulgação/APAE de Agudos do Sul
Com um sorriso contagiante, Leandra de Lima é uma das alunas atendidas pela APAE de Agudos do Sul. Foto Divulgação/APAE de Agudos do Sul
Data, celebrada mundialmente, enaltece a presença dos portadores desta condição na sociedade, bem como promove a conscientização para o acolhimento e garantia dos direitos e oportunidades

Um cromossomo a mais de amor. Esta é uma das definições dos portadores da Síndrome de Down, alteração genética causada pela presença de três cromossomos 21 nas células dos indivíduos, em vez de dois, conhecida também como Trissomia do cromossomo 21.

Para enaltecer a presença destas pessoas na sociedade, bem como promover a conscientização para o acolhimento e garantia dos direitos e oportunidades deste público, foi celebrado ontem o Dia Internacional da Síndrome de Down. Em toda a região, a data foi celebrada com ações em escolas e nas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs).

Diretora da APAE de Agudos do Sul, Veridiana Pruchaki explica algumas das características de uma pessoa com Síndrome de Down. “Algumas delas, os olhos amendoados, os membros são mais curtos, o tônus muscular é mais fraco e a língua é maior do que o normal. Também podem apresentar alguns comprometimentos de saúde, sendo os mais comuns problemas cardíacos e gastrointestinais, alterações na tireoide, além de apresentarem grande risco de se tornarem obesas ao longo da vida” detalha.

Segundo Veridiana, uma pessoa com Down pode ter uma vida sem muitas dificuldades e desafios, se for estimulada precocemente, principalmente quanto às atividades de vida diária, podendo ser totalmente independente e autônoma. “Considerando a realidade atual, vejo que esses desafios e limitações são muitos mais impostos pela sociedade do que propriamente sejam do indivíduo. Também é considerável citar que essas limitações podem estar ligadas as comorbidades associadas a Síndrome de Down, mas que tratadas podem ser insignificantes perto do grande potencial que todos eles têm”, aponta a diretora, enaltecendo o olhar de acolhimento para este público e sua família. “É preciso sempre ter muita empatia, pois um laudo tem um impacto muito forte no psicológico e na vida das famílias, interfere na rotina, no convívio, na vida financeira e nas convicções dos integrantes, gerando muita insegurança e medo. Como geralmente a Síndrome de Down já é detectada até mesmo na ultrassom, é preciso além de políticas públicas que garantam proporcionar maior qualidade de vida a esses indivíduos e suas famílias, o próprio acolhimento familiar e social, buscando compreender, aprender e se informar sobre a síndrome de Down, buscando dar apoio e ser suporte nos momentos iniciais que são os mais difíceis”, avalia.

Em relação ao atendimento realizado na APAE de Agudos do Sul, Veridiana comenta que as crianças e pessoas diagnosticadas com Síndrome de Down recebem todo o apoio da instituição, na área de saúde com terapias de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e neurologia, além da terapia de vivências com animais, na parte da assistência social e educacional. “O trabalho da nossa APAE é voltado a uma experiência passageira na vida dos nossos alunos, pacientes e assistidos, aqui precisa ser uma fase na vida dessa criança, nosso objetivo maior é gerar autonomia e independência para que menos barreiras possam ser interpostas na vida desses indivíduos, mas se caso for necessário sempre estaremos aqui para ser suporte e ser referência no atendimento deles”, afirma a diretora, reforçando a luta em prol dos direitos deste público. “Para que realmente as barreiras possam ser derrubadas é preciso acreditar na pessoa com Síndrome de Down, reconhecer suas potencialidades, buscar informações coerentes com a realidade e não acreditar em discursos padronizados e arcaicos que só fazem a disseminar o capacitismo dessas pessoas”, finaliza.

Em um vídeo emocionante publicado nas redes sociais, a Escola Especial Tia Apolônia, de Rio Negro, ilustrou alunos portadores de Síndrome de Down, falando sobre o espaço garantido junto à sociedade. Entre os relatos, a superação no esporte, com conquistas no meio esportivo e a presença no mercado de trabalho.

Quem também esteve em vídeo falando de suas atividades foi a Escola Padre Ramiro, a APAE de Piên, onde alunos e professores demonstraram a alegria em compartilhar o anúncio da construção da sede própria da instituição.



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