O câncer de pele é considerado um dos mais incidentes entre a população brasileira, correspondendo por cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo aponta o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Conforme o órgão, em 2018, estimam-se 6.260 novos casos no Brasil, sendo 2.920 homens e 3.340 mulheres.
Para alertar a sociedade sobre a doença e, consequentemente, incentivar a prevenção para o surgimento de novos casos, este mês é dedicado a diversas ações alusivas ao Dezembro Laranja, campanha iniciada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
De acordo com o chefe do Serviço de Pele e Melanoma do Hospital Erasto Gaertner, doutor Leandro Carvalho Ribeiro, os tumores de pele podem se manifestar em duas situações, sendo o melanoma e o não melanoma. “O não melanoma é aquele que apresenta feridas que não cicatrizam, enquanto que o melanoma é caracterizado por pintas ou manchas”, explica o profissional, salientando que em ambos os tipos de câncer há cura. “Havendo o diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam”, avalia.
Entre os fatores de risco apontados pelo médico está a exposição prolongada ao sol. “85% dos casos estão relacionados aos hábitos da pessoa. A exposição ao sol é uma das principais ameaças, além de pele e olhos claros e histórico familiar da doença”, aponta Ribeiro, reforçando as formas de prevenção. “Uso de protetor solar a partir do fator 30, sendo reaplicado a cada duas horas. Para as pessoas que trabalham expostas ao sol, a recomendação, além do protetor solar, é usar chapéus de aba longa e camisas de manga longa”, finaliza.