quinta-feira, 21
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novembro
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2024

Custos e estilos de vida

Nos últimos dias muito tem sido discutido com relação ao atual preço dos combustíveis e seus recentes aumentos. Esta certamente é uma discussão complexa, que envolve diversos fatores de âmbito, inclusive, mundial, mas que gera um impacto direto no dia-a-dia da população. Este aumento, considerado por alguns como inevitável, aumenta custos com logística, que são repassados para praticamente todos os produtos e serviços, e, no fim, acaba por diminuir ainda mais o poder de compra da população. Ou seja, não é só a gasolina que fica mais cara. Tudo fica mais caro.

Para muitos, este aumento nos preços é uma consequência de anos e anos de falta de investimentos em fontes alternativas de energia. Para outros, resultado de uma diminuição da cadeia produtiva, gerada pela pandemia de Covid-19 e logo na sequência pela guerra na Ucrânia. Mas independente do motivo, novamente é um momento de reflexão, principalmente, com relação ao nosso estilo de vida.

Durante décadas foi priorizado e incentivado um estilo de vida baseado no petróleo, no deslocamento individual, no consumo desenfreado e no descaso com o Meio Ambiente. E, infelizmente, a conta está chegando. É urgente investimentos em energias alternativas, em cidades mais inclusivas e coletivas, em produtos ecológicos e tratamento de resíduos. Se não mudarmos por ideologia, por convicção, mudaremos por força e, no mundo atual, por prejuízos financeiros que se manifestam nos preços altos, na escassez de produtos, nos desastres naturais, entre outros. Precisamos começar a compreender urgentemente que a gasolina está alta não por causa dos donos de postos, distribuidores, pela guerra na Rússia, entre outros atores desta cadeia produtiva. A gasolina está alta porque o nosso estilo de vida é simplesmente insustentável.

Cada vez mais boa parte da humanidade se tornou dependente do uso do automóvel. Em nossas cidades, na região, por exemplo, muitos de nós ao precisarmos ir ao supermercado, padaria ou farmácia, a primeira coisa que pensamos é na chave do carro. Mesmo se estivermos a poucos metros de distância do comércio recusamos ir a pé, fazer uma boa caminhada, respirar ar puro. Até mesmo se residimos próximos de nossos locais de emprego, não abrimos mãos do uso do automóvel. E esse é o desafio, mudança de hábitos.

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