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abril
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2024

Com quatro testemunhas ouvidas, segundo dia de julgamento é concluído

Júri Popular tem movimentado o Fórum da Comarca de Rio Negro. Foto: O Regional
Júri do caso Loir Dreveck e Genésio de Almeida é realizado no Fórum da Comarca de Rio Negro. Testemunhas arroladas pelas defesas de Leonides Maahs e Gilberto Dranka foram ouvidas nesta quarta-feira (22)

 

O segundo dia de julgamento do caso envolvendo as mortes do prefeito eleito de Piên, e do técnico em segurança do trabalho Genésio de Almeida, nesta quarta-feira (22), iniciou com duas inquirições de testemunhas na parte da manhã, ambas arroladas pela defesa de Leonides Maahs. Já na parte da tarde e noite, foram inquiridas mais duas testemunhas, uma delas indicada pela defesa de Maahs e outra por parte do réu Gilberto Dranka.

Ao abrir os trabalhos, foi ouvido Guilherme Machado da Rocha, proprietário de um posto de combustíveis, localizado em Agudos do Sul, o qual fez um apanhado que conheceu Leonide Maahs profissionalmente, respondendo às indagações por parte das defesas, Ministério Público e assistentes de acusação, e narrou a passagem do réu em seu estabelecimento na data de 14 de dezembro de 2016, data do atentado contra Loir Dreveck, quando teria abastecido seu carro e comentado que ia para Curitiba levar sua esposa para uma consulta.

Na sequência, foi ouvido um ex-vereador de Piên, João Nunes, com detalhamentos sobre o cenário político na cidade nas duas últimas eleições municipais, além da disputa pela presidência da câmara de vereadores.

Outra pessoa ouvida foi um ex-secretário da prefeitura de Agudos do Sul, Genézio Gonçalves da Luz , que falou sobre serviços prestados por Leonides Maahs à municipalidade, e a presença do réu na mesma data do atentado contra Dreveck na sede da prefeitura agudosulense.

Em um depoimento de aproximadamente oito horas, foi ouvido um profissional da área de perícia, Leocádio Casanova, que, na ocasião, fez ponderações e respondeu questionamentos relacionados às bilhetagens telefônicas apontadas no processo, além de documentos periciais sobre laudos de balística em armas e munições apreendidas no caso.

Por volta das 22 horas foi concluído o segundo dia de trabalho.

O julgamento – O Tribunal do Júri do caso envolvendo as mortes do prefeito eleito de Piên, Loir Dreveck, e do técnico em segurança do trabalho Genésio de Almeida, ocorre no Fórum da Comarca de Rio Negro, do qual Piên faz parte. São sete jurados que compõem o conselho de sentença, com seis homens e uma mulher.

São réus neste processo o ex- prefeito de Piên, Gilberto Dranka, o ex-presidente da câmara de vereadores, Leonides Maahs, estes apontados como mandantes do crime, além de Orvandir Pedrini, o Gaúcho, tido como intermediário entre os mandantes e o atirador, e Amilton Padilha, acusado de ser o autor dos disparos. Pedrini e Padilha não estão presentes na sessão.

Terceiro dia – Esta quinta-feira (23) será o terceiro dia do julgamento, com a possibilidade que seja concluída a fase de inquirição de testemunhas. De momento, são ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa de Gilberto Dranka.

Ao concluir a etapa de inquirição, o júri avança para ouvir os réus e debates entre defesas, Ministério Público e assistência de acusação.

Advogados – O advogado assistente de acusação Samir Mattar Assad afirmou que espera que o julgamento ocorra de maneira integral. “A nossa expectativa é que a gente consiga demonstrar para os jurados todas as provas que tem contra os acusados. Provas produzidas de maneira excelente pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Paraná”, disse. “Esperamos que no final, os réus sejam condenados pelas acusações”, ressaltou.

Nilton Ribeiro de Souza, advogado de defesa de Leonides Maahs, afirmou que irá usar todo o arcabouço probatório que foi produzido durante a instrução. “Essa cooptação de provas que foi realizada durante todo o processo será exposta. Isso vai demonstrar a inocência de Leonides Maahs. Ele não tem participação nenhuma nesses dois homicídios”, afirma Ribeiro. Segundo o advogado, Maahs foi envolvido nesta situação, com um partícipe que teria mandado um executor realizar esses crimes. “Não se provou isso durante a instrução. Pretendemos demonstrar que não foram colhidas provas necessárias para uma condenação”, ressaltou Ribeiro.

Jeffrey Chiquini da Costa, advogado de defesa de Amilton Padilha, afirmou que tem um compromisso com a verdade e com a justiça. “Estamos trabalhando exclusivamente com as provas que já estão no processo. Posso concluir e afirmar que a sociedade irá se surpreender com a verdade. Vamos provar a todos a grande trama que a acusação criou. Amilton Padilha não participou destes fatos e isso já está provado no processo. Nós iremos apenas apresentar ao Conselho de Sentença”, disse. Segundo o advogado, a absolvição é o único caminho justo neste caso.

O advogado de defesa de Gilberto Dranka, Claudio Dalledone, afirmou que tem a convicção e a certeza da inocência de Dranka. “Gilberto Dranka, por intermédio de seus advogados, irá demonstrar essa rede de intriga, onde se misturou política e ganância e que a maior vítima de tudo isso foi Loir Dreveck. Ele foi arrastado para essa desgraça”, disse.

A reportagem procurou mas ainda não obteve declaração da defesa de Orvandir Pedrini.



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