Período de colheita ocorre entre janeiro e março, dependendo de cada região. Atividade também fomenta o turismo regional
Animados com mais uma safra, produtores de uva do suleste paranaense deram início ao período de colheita da fruta, cuja atividade acontece entre janeiro e março, dependendo da região e da cultivar.
O Paraná é, atualmente, o sexto maior produtor nacional dessa que é a quinta fruta mais produzida no mundo. Considerando dados regionais, conforme o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, os municípios do suleste paranaense tiveram faturamento de R$ 2,7 milhões com a produção de uva vinífera.
Em um projeto lançado em 2017, a família Zator, por meio do pai Tomaz, dos filhos Jackson e Fernando e demais familiares, buscou inicialmente atuar somente com o plantio da uva, porém, a propriedade ofereceu novas oportunidades para fomentar também o turismo no local, como detalha Jackson. “A ideia era fazer um empreendimento em que pudéssemos trabalhar com a uva o ano todo. Quando começamos com o plantio da fruta, não imaginávamos a grandeza que o turismo poderia oferecer também”, conta o produtor, apontando os atrativos da Vinícola Casa Zator, localizada em Lageado das Mortes, na cidade de Rio Negro. “Em 2018, montamos a vinícola e hoje dispomos de área para almoço, café colonial e degustação de vinho, piquenique, pisa da uva. Pessoas de diversas cidades vêm até a vinícola para conhecer nossas atividades”, complementa.
Zator relata ainda que a área plantada é de 3 hectares, com uma produção estimada em 50 toneladas ao ano. “São sete variedades da fruta que oferecemos. São uvas utilizadas para a fabricação de vinho, de suco e para o consumo. Com os resultados obtidos, pretendemos, futuramente, expandir ainda mais nossa atuação, com a construção de chalés para hospedagem e de uma capela para a realização de casamentos”, explica.
Com o plantio das mudas feito em 2019, Jeferson Simões, da Uvas Papuã, da localidade de Boa Vista, em Piên, viu na viticultura uma oportunidade de fomentar a atividade no campo. “Era um sonho e uma forma de diversificação. A uva vem constantemente se mostrando uma atividade rentável e de influência junto ao turismo rural”, comenta Simões, que possui uma área plantada de 1,3 hectare e 2,5 mil pés plantados. “São 480 pés da variedade carménère e o restante é da bordô, duas qualidades utilizadas para suco e vinho e que melhor se adaptam ao nosso clima”, detalha.
De acordo com o produtor, a expectativa para o primeiro ano de produção é boa, destacando ainda o suporte recebido. “Já estamos trabalhando com a colheita e comercialização da fruta, com assistência da Cooperante, por meio de um projeto que visa proporcionar mais uma opção de renda nas propriedades, e apoio do Sicoob. Para o próximo ano, a pretensão é expandir a produção e, futuramente, atuar no plantio da maçã”, aponta Simões, ressaltando ainda a satisfação em trabalhar com o cultivo da uva. “Buscamos oferecer produtos naturais e saudáveis. Isso também é qualidade de vida”, finaliza.