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Caso Loir Dreveck e Genésio Almeida tem segundo dia de Júri nesta quarta-feira

Julgamento está ocorrendo em Rio Negro

Inquirições tem sequência neste segundo dia do Júri. Na terça-feira, a sessão durou até às 22h30. Crimes que estão em debate ocorreram em 2016 em Piên

 

Esta quarta-feira (22) é o segundo dia de Júri do caso envolvendo os crimes cometidos em 2016 em Piên contra o então prefeito eleito Loir Dreveck e contra o técnico de segurança do trabalho Genésio de Almeida. A sessão ocorre no salão do Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Rio Negro, da qual Piên faz parte.

São réus no processo o ex- prefeito de Piên, Gilberto Dranka, o ex-presidente da câmara de vereadores, Leonides Maahs, estes apontados mas investigações policiais como mandantes, além de Orvandir Pedrini, o Gaúcho, tido como intermediário entre os mandantes e o atirador, e Amilton Padilha, acusado de ser o autor dos disparos. 

Nesta terça-feira (21), primeiro dia, os trabalhos foram iniciados, primeiramente com algumas definições e reivindicações junto às partes, seguindo com o sorteio dos sete jurados para compor o conselho de sentença. Na sequência, o juiz Rodrigo Morillos, que conduz as atividades no tribunal, fez orientações aos presentes sobre o andamento do julgamento, enaltecendo que não serão permitidos registros em foto, vídeo ou áudios, e direcionou as recomendações aos jurados. 

Então, o grupo fez a leitura do processo, com ênfase no mérito. Em seguida, houve a pausa para o almoço e no retorno começaram a ser ouvidas as testemunhas, com a inquirição de três pessoas neste primeiro dia. 

A primeira a depor foi Rosilda Dreveck, irmã de Loir Dreveck, que ao longo de aproximadamente quatro horas respondeu aos questionamentos apresentados pelas defesas, Ministério Público e assistência de acusação. Outras duas testemunhas também foram inquiridas, passando pelos questionamentos no tribunal. A sessão terminou por volta das 22h30. Neste primeiro dia não estiveram presencialmente no local os réus Orvandir Pedrini e Amilton Padilha, este último cuja informação era de que continua foragido do sistema prisional de Santa Catarina.

Nesta quarta, no segundo dia do Júri, logo pela manhã, a partir das 8 horas, ocorre o reinício da sessão, com a continuidade das inquirições. A expectativa é de que os trabalhos de hoje também durem por todo o dia.

Jurados e testemunhas – Os sete jurados que participam do julgamento ficam em cadeiras especialmente posicionadas para eles dentro do salão. A eles é determinada incomunicabilidade, ou seja, não se comunicam com ninguém desde o início da sessão até a conclusão no último dia. Mesmo no hotel onde pernoitam não podem se comunicar. As testemunhas também têm regras de incomunicabilidade e ficam em salas reservadas, sendo dispensadas somente após serem inquiridas.

Defesas – Nilton Ribeiro, advogado de defesa de Leonides Maahs, afirmou que irá usar todas as ferramentas que foram usadas na instrução. “Todas as provas que foram realizadas no processo serão expostas. Todo esse aparato irá demonstrar a inocência de Leonides Maahs. Ele não tem participação nenhuma nesses dois homicídios”, afirma Ribeiro. Segundo o advogado, Maahs foi envolvido nesta situação, com um partícipe que teria mandado um executor realizar esses crimes. “Não se provou isso durante a instrução. Pretendemos demonstrar que não foram colhidas provas necessárias para uma acusação”, ressaltou Ribeiro.

Jeffrey Chiquini da Costa, advogado de defesa de Amilton Padilha, afirmou que tem um compromisso com a verdade e com a justiça. “Estamos trabalhando exclusivamente com as provas que já estão no processo. Posso concluir e afirmar que a sociedade irá se surpreender com a verdade. Vamos provar a todas a grande trama que a acusação criou. Amilton Padilha não participou destes fatos e isso já está provado no processo. Nós iremos apenas apresentar ao Conselho de Sentença”, disse. Segundo ele, a absolvição é o único caminho justo neste caso. 

O advogado de defesa de Gilberto Dranka, Cláudio Dalledone Júnior, afirmou que tem a convicção e a certeza que irá provar a inocência de Dranka. “Gilberto Dranka, através da sua equipe de advogados irá demonstrar essa rede de intriga, onde se misturou política e ganância e que a maior vítima de tudo isso foi Loir Dreveck. Ele foi arrastado para essa desgraça. Gostaria de deixar claro que o que vai acontecer hoje é uma garantia do acusado. Isso porque ele vai ao Tribunal para responder a todas as acusações”, afirmou. Segundo Dalledone, haverá o esclarecimento dos fatos, o que demonstra uma falta de fundamento da acusação.

A reportagem ainda não obteve declaração da defesa do réu Orvandir Pedrini.



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