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2024

Iniciada sessão de julgamento do caso Loir e Genésio

Julgamento está ocorrendo em Rio Negro
Sete jurados foram sorteados e caso foi apresentado a eles pelo Juiz

 

Teve início na manhã desta terça-feira (21) o Júri do caso das mortes do prefeito eleito de Piên em 2016, Loir Dreveck, e do técnico de segurança Genésio de Almeida. Os crimes ocorreram em dezembro daquele ano, há cinco anos e meio.

A sessão de julgamento ocorre no salão do Fórum da Comarca de Rio Negro. O início da manhã no local foi marcado pela movimentação de testemunhas, jurados, familiares das vítimas, réus, familiares dos réus e advogados das partes. Algumas faixas foram colocadas pelas famílias nos portões do fórum.

Primeiramente foram realizados alguns procedimentos iniciais, análises de algumas reivindicações, como alguns desmembramentos, o que não ocorreu. Houve também o sorteio dos sete jurados que efetivamente participam do julgamento entre os 25 que haviam sido sorteados no início do mês.

Por volta das 11 horas a sessão de julgamento do caso foi efetivamente aberta. São réus neste processo o ex- prefeito de Piên, Gilberto Dranka, o ex-presidente da câmara de vereadores, Leonides Maahs, estes apontados como mandates do crime, além de Orvandir Pedrini, o Gaúcho, tido como intermediário entre os mandantes e o atirador, e Amilton Padilha, acusado de ser o autor dos disparos. 

Ao abrir efetivamente os trabalhos, o juiz Rodrigo Morillos, que conduzirá as atividades no tribunal, fez orientações aos presentes sobre o andamento do julgamento, enaltecendo que não serão permitidos registros em foto, vídeo ou áudios. Na sequência, as recomendações foram direcionadas aos sete jurados. 

Na oportunidade, Morillos reforçou a importância da atuação do júri. “Serão julgados se os fatos ocorreram ou não, se os réus tiveram participação ou não”, comentou. 

Então, os jurados fizeram a leitura do processo, com ênfase no mérito. Em seguida, houve a pausa para o almoço e para o período da tarde começarão a ser ouvidas as testemunhas.

O advogado assistente de acusação Samir Mattar Assad afirmou que espera que o julgamento ocorra de maneira integral. “A nossa expectativa é que a gente consiga demonstrar para os jurados todas as provas que tem contra os acusados. Provas foram produzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Paraná”, disse. Segundo Assad, depois de seis anos de espera, agora o processo chega ao Tribunal do Júri. “Temos o objetivo de demonstrar para os jurados a qualidade das provas técnicas que foram produzidas. Esperamos que no final, os réus sejam condenados pelas acusações”, ressaltou.

Milton Ribeiro, advogado de defesa de Leonides Maahs, afirmou que irá usar todas as ferramentas que foram usadas na instrução. “Todas as provas que foram realizadas no processo serão expostas. Todo esse aparato irá demonstrar a inocência de Leonides Maahs. Ele não tem participação nenhuma nesses dois homicidios”, afirma Ribeiro. Segundo o advogado, Maahs foi envolvido nesta situação, com um partícipe que teria mandado um executor realizar esses crimes. “Não se provou isso durante a instrução. Pretendemos demonstrar que não foram colhidas provas necessárias para uma acusação”, ressaltou Ribeiro. Segundo o advogado, o júri tende a difícil. “Será um júri difícil, longo, com 25 testemunhas, peritos”, afirmou.   

Dr. Jefrey, advogado de defesa de Amilton Padilha, afirmou que tem um compromisso com a verdade e com a justiça. “Estamos trabalhando exclusivamente com as provas que já estão no processo. Posso concluir e afirmar que a sociedade irá se surpreender com a verdade. Vamos provar a todas a grande trama que a acusação criou. Amilton Padilha não participou destes fatos e isso já está provado no processo. Nós iremos apenas apresentar ao Conselho de Sentença”, disse. Segundo o Dr. Jefrey, a absolvição é o único caminho justo neste caso. 

O advogado de defesa de Gilberto Dranka, Claudio Dalledone, afirmou que tem a convicção e a certeza que irá provar a inocência de Dranka. “Gilberto Dranka, através da sua equipe de advogados irá demonstrar essa rede de intriga, onde se misturou política e ganância e que a maior vítima de tudo isso foi Loir Dreveck. Ele foi arrastado para essa desgraça. Gostaria de deixar claro que o que vai acontecer hoje é uma garantia do acusado. Isso porque ele vai ao Tribunal para responder a todas as acusações”, afirmou. Segundo Dalledone, haverá o esclarecimento dos fatos, o que demonstra uma falta de fundamento da acusação. 

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do Orvandir Pedrini.



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