quinta-feira, 2
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maio
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2024

Campanha Setembro Amarelo reforça ações de combate ao suicídio

Psicóloga Tatiane Katzer destaca a realização da campanha. Foto: Arquivo/O Regional
Iniciativa mobiliza a sociedade para atenção e cuidados com a saúde mental

Dados do Ministério da Saúde apontam que entre jovens com idades entre 15 e 29 anos, o suicídio é a quarta maior causa de mortes, perdendo apenas acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Brasil é o oitavo país no mundo com os maiores índices de suicídio.

Diante de números considerados preocupantes e assustadores, ao longo do mês de setembro, uma série de atividades é promovida em todo o país para conscientizar e alertar para a prevenção ao suicídio e atendimento aos casos de depressão. A iniciativa integra a campanha ‘Setembro Amarelo’ e mobiliza entidades públicas e privadas no debate do tema.

A psicóloga Tatiane Katzer, coordenadora do Cras de Piên, explica que as pessoas que portam um transtorno mental, não conseguem interpretar a realidade da forma como ela se apresenta, então, elas têm uma percepção alterada e visualizam a realidade de um jeito mais difícil de estar resolvendo as dificuldade. “Tem as questões genéticas e hereditárias, mas também as ambientais. Para desencadear a depressão tem uma questão genética, mas também a capacidade de resiliência da pessoa, da capacidade de resolver problemas e da capacidade de adaptação dela frente às mudanças que a vida proporciona, isso tudo pode levar a fatores desta condição”, detalha.

Tatiane reforça que, além do tratamento médico e acompanhamento psicológico, é necessário ter um olhar mais acolhedor aos pacientes que apresentam doenças mentais. “É preciso parar de tratar o suicídio e as doenças mentais como um tabu e preconceito. Olhar mais para o outro e perceber nele os sinais. A pessoa que pensa no suicídio, que vai cometer um suicídio e que está em ida a ação suicida manifesta sinais ou verbaliza que está sem vontade de viver ou manifesta alterações comportamentais que, se observadas, pode-se intervir e prevenir o suicídio. Também levar informações às pessoas, para que, se perceber, um momento difícil, de grande tristeza, de falta de motivação e de energia, para que procure o atendimento médico e tratamento psicológico o quanto antes porque qualquer doença, inclusive as mentais, se indiciar o tratamento cedo há um maior êxito”, complementa a psicóloga, enaltecendo a importância de permitir que a pessoa que precisa de ajude possa falar. “Estamos acostumados em uma conversa a falar mais e ouvir menos. Às vezes eu preciso só ouvir, sem julgamento e de uma forma acolhedora. E em seguida, preciso orientar e acompanhar a pessoa que precisa do tratamento”, destaca.

Durante todo o mês, as prefeituras de toda a região estarão mobilizadas com a campanha. Em Piên, por exemplo, há rodas de conversa com a comunidade e no dia 28 de setembro haverá uma peça teatral, com o ator Robson Rodrigues, abordando a questão do suicídio. Em Mandirituba, uma palestra visando conscientizar sobre saúde mental e a prevenção ao suicídio, recebendo em torno de mil participantes nos períodos da manhã e da tarde, foi realizado no Teatro Municipal, ministrado pela equipe do CAPS de Mandirituba e a equipe Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná (Comesp), e recebeu alunos do colégio estadual do município e o público em geral.



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