O câncer de pele está entre os mais comuns entre homens e mulheres. Para conscientizar a população a tomar alguns cuidados simples, porém, necessários, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) deu início ao movimento batizado “Dezembro Laranja”.
Segundo relatório divulgado pelo Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, dos 11.383 casos de câncer atendidos entre 2010 e 2014, 2.225 foram de pele, correspondendo a 19,54%. O estudo aponta ainda que esta doença é a mais registrada entre os homens e a segunda mais frequente entre as mulheres.
De acordo com o médico oncologista, doutor Leandro Carvalho Ribeiro, especialista do Hospital Erasto Gaertner, existem vários tipos de câncer de pele. “Um dos mais comuns é o melanona, o qual é extremamente agressivo. Nesta doença, o paciente tem pintas pelo corpo, as quais muitas vezes são confundidas com pintas de beleza. Com o tempo, elas mudam de tamanho, ficam escuras e apresentam coceira, momento em que o paciente deve urgentemente procurar um especialista”, orienta Leandro. Outro câncer bastante registrado é o carcinoma. “Este é composto por feridas que aparecem pelo corpo e não cicatrizam, podendo aumentar de tamanho. Geralmente aparecem na face, local que esta mais exposto à radiação solar. Esta doença é considerada de gravidade intermediária”, relata.
O câncer de pele está mais propício em pessoas consideradas do grupo de risco, que são aquelas que trabalham durante muito tempo exposto ao sol ou ainda quem tem pele e olhos claros. “É necessário que haja cuidados, uma medida simples, porém muito eficiente é a utilização de protetor solar”, conta Leandro, detalhando como deve acontecer a utilização correta do produto. “O protetor fator 30 protege 92% da ação dos raios solares, sendo que o ideal é que a cada quatro horas ele seja reaplicado ou mesmo depois de sair da piscina”, detalha. Para quem trabalha na lavoura, também é recomendada a utilização de chapéu.
Ainda segundo o médico, na grande maioria dos tratamentos de câncer de pele, o paciente é submetido a cirurgia. “Esta doença tem vários estágios e, por isso, reforçamos que o melhor é a prevenção. Além da utilização de protetor solar, é fundamental que o paciente procure atendimento médico ao perceber qualquer anormalidade. Quanto antes descoberto, mais eficaz é o tratamento”, concluiu Leandro.